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CANCÚN: onde ficar, o que fazer, passeios e dicas

Seja no resort ou no hostel, tem praia, balada e diversos passeios
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Quando fui a Cancún: Agosto de 2014 e Março de 2015

Quanto tempo: 7 dias e  3 dias

Quem acha que Cancún só pode ser aproveitada fechando um pacote com agência de turismo, gastando muito dinheiro e ficando em um dos dezenas de resorts com piscinas à beira-mar está bem enganado. Cancún tem tudo isso, claro, e são várias opções dentro deste estilo, mas também é possível curtir esta cidade americanizada do México se hospedando em um simples hostel, conhecendo diferentes praias e festas a um custo menor do que muita viagem dentro do Brasil.

Já fui pra lá nos dois esquemas, são bem distintos, e tudo depende das suas expectativas. Em 2014, fui apenas com minha namorada, ficando em um resort all-inclusive no ciclo “praia-piscina-restaurante-cama”, com algumas saídas para passeios e baladas. Em 2015, fui novamente com a namorada e mais amigos, terminamos ali o mochilão pela América Central (veja o roteiro completo), dormindo em hostel, sem fazer passeios, com muitas festas (era época do Spring Break) e comendo muito burrito pra economizar.

Cancún é dividida em duas partes: Zona Hoteleira e Centro. A primeira é uma extensa península onde ficam os grandes hotéis pé na areia, enfileirados um ao lado do outro. Em uma das pontas, fica a região do entretenimento, com boates, bares e restaurantes, sempre com chamativas iluminações coloridas e muita agitação durante a noite. Local lotado de turistas estrangeiros, principalmente norte-americanos, mas também incontáveis brasileiros. Já a parte central da cidade é onde moram e trabalham a maioria dos mexicanos, região com hotéis e restaurantes mais baratos, e onde é possível vivenciar melhor um pouco da cultura local.

Mas não acaba por aí. Os arredores de Cancún também oferecem muita coisa, desde belas praias na Isla Mujeres, passeios de barco, mergulho, ruínas históricas até parques aquáticos e a possibilidade de nadar com golfinhos. Muita gente prefere evitar Cancún por causa de sua artificialidade exagerada após o grande desenvolvimento do turismo por lá, optando por ficar em Playa del Carmen ou Tulum, por exemplo. Penso que é uma decisão muito pessoal. Eu, seja pela tranquilidade de relaxar o dia inteiro em um resort ou pela bagunça noturna, ainda acho que este destino tão conhecido merece ser visitado por alguns dias, mesmo que seja com pouca grana.

TRANSPORTE:

Da primeira vez, fui de avião em um voo da Copa Airlines saindo do Rio de Janeiro com conexão na Cidade do Panamá. Da segunda, eu estava em Caye Caulker, em Belize, e peguei um ferry até a cidade de Chetumal, já no México, na fronteira. De lá, ônibus da ADO por 25 dólares e 6 horas de estrada até Cancún. Na volta, voo da Avianca para o Rio, com conexão em Bogotá.

Na chegada ao aeroporto de Cancún, peguei um shuttle reservado previamente pela internet pela empresa Thomas More, por 12,50 dólares por pessoa, até a Zona Hoteleira. Um táxi para o mesmo local custa cerca de 50 dólares. Não existem ônibus que fazem este trajeto de forma direta até a região dos hotéis na praia, é preciso pegar um até o Centro e outro em seguida.

Para circular nas duas partes da cidade, é fácil fazer tudo de ônibus, que custa 1 dólar e você pode pagar direto para o motorista. Para fazer os passeios, a forma mais comum é fechar um tour com alguma agência que te busca direto no hotel, mas também há a opção de alugar carro ou ir de ônibus por conta própria. Para ir às cidades próximas, os ônibus da ADO são uma maneira econômica e prática.

HOSPEDAGEM:

Quando fui no esquema “caro”, fiquei no Grand Park Royal Cancun Caribe, no sistema all-inclusive reservado no Brasil pela CVC. O hotel fica bem localizado, no 10,5 km Boulevard Kukulcan, na bela praia de Chac Mool, a uns 15 minutos de caminhada da região do entretenimento. Tive indicações de amigos antes de ir e aprovei a escolha. Gostei dos restaurantes (japonês, italiano, frutos do mar e outro com pratos variadas e noites típicas), das comidas rápidas à disposição durante o dia perto na piscina (hambúrguer, pizza, nachos) e foi bem tranquilo para pegar qualquer tipo de bebida nos bares, tudo já incluso no preço. Pra completar, o lugar tinha boas piscinas (e até algumas atividades de diversão para quem se interessar) a poucos passos do mar azul turquesa de Cancún.

No esquema “barato”, me hospedei no Hostel Natura, que também fica em excelente localização, no 9,5 km da Kukulcan, ainda mais perto dos principais bares e baladas. Acho que é o único hostel localizado na avenida da praia da Zona Hoteleira, já que a maioria dos outros albergues e hotéis baratos ficam na parte central da cidade. Paguei 60 dólares o casal em um quarto duplo com banheiro, mas também existem quartos compartilhados por preço menor. O local é pequeno, simples, mas OK e vale muito mesmo pela localização. Quem estiver hospedado nele ainda recebe desconto no restaurante e no bar de burritos que ficam logo abaixo.

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PASSEIOS:

São muitos passeios oferecidos pelas agências espalhadas em Cancún, e a quantidade que você escolher fazer está relacionada diretamente ao fato de valer a pena ou não ficar em um hotel all-inclusive. Boa parte dos tours começa bem cedo e dura quase o dia inteiro, com isso você acaba perdendo o benefício de comer e beber “de graça” onde está hospedado. Quando fui, optamos por fazer três passeios e aproveitar bem com tranquilidade os outros quatro dias no hotel. É possível fechar os passeios um dia antes lá mesmo nos hotéis e agências, mas normalmente há descontos para reservas com antecedência pelos sites oficiais dos lugares na internet.

Nado com golfinhos + Isla Mujeres: Existem diversas empresas que fazem esta atividade tradicional na região (assim como em outros lugares do Caribe), mas escolhemos a Dolphin Discovery por ser uma das poucas que faz isso no mar, em um espaço cercado (as outras fazem em grandes piscinas), além de estar localizada na Isla Mujeres, e o pacote incluir uma visita à ilha sem pagar nada a mais pelo ferry. São quatro tipos de nados com os golfinhos, com preços variando de 109 a 199 dólares. Escolhi o Dolphin Royan Swin (era 159 dólares por pessoa, mas pagamos 119 reservando antes pela internet), no qual uma das ações é você ser empurrado pelo pé por dois golfinhos e praticamente flutuar na água. Acho que vale a pena o gasto, já que nas opções mais baratas isso não acontece e o tempo de interação com os animais é menor. O que não está incluso no valor são as fotos, o que acaba sendo um gasto grande (cerca de 100 dólares pelo CD), já que não é permitido levar câmera e você é quase que “obrigado” a comprar lá para registrar a brincadeira. Depois disso, o tour de dá direito a um almoço no local e te leva de barco para a outra ponta da Isla Mujeres, onde alugamos um carrinho elétrico de golfe para rodar no centrinho e também ir à ótima praia de Playa Norte.

Xcaret: Parque com um estilo meio Disney, mas aproveitando as belezas do litoral do México com rios subterrâneos, piscinas naturais, aquários e tanques com muita vida marinha, fauna, flora e atrações típicas. Um pouco artificial, mas muito bem feito e com várias opções de lazer em uma área bem grande. Paguei 130 dólares pela entrada no Xcaret, mais o transporte de ônibus de ida e volta saindo do hotel em Cancún e com direito também a um bom almoço em um dos diversos restaurantes do parque. No fim, já à noite, rola um espetáculo de música e dança tipicamente mexicano, mas também há a opção de ir embora antes para quem não quiser assistir. Pagando-se à parte, o parque oferece atividades extras, como nado com golfinhos, com tubarões-lixa, passeio de barco, snorkel …

Chichén Itzá: Uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo, esta cidade arqueológica maia é um dos lugares mais visitados da região. O principal monumento é o Templo de Kukulcán, uma enorme pirâmide, mas existem outras construções dentro do complexo do Chichén Itzá. Prepare-se para um dia de muito calor sob sol forte (o que acontece quase sempre) e uma viagem de cerca de 3h30 na estrada a partir de Cancún. Paguei 65 dólares pelo tour, que também inclui o transporte de ônibus, almoço e uma rápida passada na cidade histórica de Valladolid. Na volta ainda há uma parada no cenote Ik-Kil, que é um buraco no solo com águas subterrâneas (existem muitos nos estados de Yucatán e Quintana Roo) onde você pode nadar e até mergulhar. Pela beleza da paisagem e pela possibilidade de se refrescar, vale a pena visita.

Ainda existem muitos outros passeios que podem ser feitos a partir de Cancún, como as ruínas de Tulum (que fiz da segunda vez que fui, dormindo na cidade), passeios de barco e os parques Xel-Há e Garrafón, entre outros (que acabei não fazendo).

FESTAS:

Por mais atrações que Cancún ofereça durante o dia, o clima de festa à noite é uma tentação mesmo para quem planeja algo mais tranquilo. Pra quem gosta da bagunça noturna, então, é um paraíso. A região de entretenimento na Zona Hoteleira conta com diversas opções de bares e baladas. As entradas das boates maiores custam em média entre 60 e 80 dólares, open bar, incluindo a maioria das bebidas (vodka, whisky, rum, tequila, cerveja), mas quase nunca as marcas de maior qualidade. Geralmente, cada dia da semana a noite é melhor em um desses locais, vale se informar antes.

O lugar mais famoso de lá é o Cocobongo, que além de ser uma balada normal com DJ conta com espetáculos de dança, música, coreografias e representações de filmes apresentados em um palco. O mais esperado deles talvez seja o de “O Máscara”, personagem interpretado por Jim Carey e que é um dos símbolos da casa. É praticamente um show, algo bem diferente do que é visto nos outros locais, portanto acho que vale muito conhecer.

Outra boate que se destaca é o Mandala Beach, única totalmente a céu aberto, com festa à noite ao redor (e muitas vezes dentro) da piscina, bem em frente à praia. Pela manhã até o fim da tarde, o Mandala Beach abre para quem quer aproveitar o dia, com direito a DJ com música eletrônica. Por cerca de 25 dólares de consumação por pessoa, você tem direito a cadeiras, espreguiçadeiras ou tendas colocadas na areia e pode utilizar a piscina. Não chega a ser uma grande festa, mas já é algum agito.

Outras baladas de destaque à noite são Dady’O, The City, Mandala e Palazzo. Existem outros lugares um pouco menores, também movimentados, mas mais baratos (cerca de 30 dólares, no mesmo esquema open bar), como o La Vaquita, Señor Frogs e Carlos and Charlies.

Spring Break: O “Carnaval” dos estudantes norte-americanos de férias no México acontece todos os anos no mês de março. Além do agito à noite e na madrugada nas baladas citadas acima, durante o dia a bagunça acontece no Hotel Oasis. Pelo preço de 65 dólares, você tem bebida e comida à vontade no esquema open bar de umas 14h até as 21h, e a festa ainda conta com piscina, concurso de biquíni, topless, body shots e aquela tradicional bagunça regada a muito álcool. Quando eu fui, em 2015, o público era bem jovem, com muitos adolescentes e uma proporção de mais homens do que mulheres.

IMPERDÍVEL:

– São várias as opções de festa na noite de Cancún, mas o Cocobongo, uma mistura de balada, show, espetáculo e dança, é algo bem diferente de qualquer outro lugar.

– Uma alternativa durante o dia para quem não está nos resorts com all-inclusive é o Mandala Beach, que oferece um esquema de consumação com DJ e piscina em bem frente à praia.

– Para quem pretender nadar com golfinhos, vale pagar um pouco a mais por um programa em que você é empurrado pelos pés pelo animal, além de ficar mais tempo na água.

QUER SABER MAIS SOBRE CANCÚN ? ACESSE TAMBÉM:

Site oficial da cidade

Lala Rebelo Travel Blog

​- Carpe Mundi

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 87 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

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