Albania-flag

DHËRMI: praias, festas, o que fazer, como ir

A base para explorar as praias e festas desta região da paradisíaca e barata Riviera Albanesa
Publicado em:

Quando fui a Dhërmi: Julho de 2018

Quanto tempo: 3 dias

Praias escondidas, praias badaladas, praias pequenas, praias mais extensas, mas todas elas com águas cristalina e um mar azul turquesa. Tem lugares mais agitados com festas, e lugares mais tranquilos para quem quer sossego. A descrição pode até se enquadrar em vários cantos deste mundo, mas poucos têm preços tão baixos como a paradisíaca Riviera Albanesa, talvez o destino mais barato da Europa na relação praia-custo-benefício. E neste post vamos falar mais precisamente de um trecho de 20km na costa da Albânia, entre as cidades de Dhërmi, onde escolhemos como base para explorar a região, e Himara.

Passamos seis dias no país, sendo metade deste tempo por lá e a outra metade mais ao sul da Riviera, entre Ksamil e Saranda. Nos hospedamos em Dhërmi, a partir de onde aproveitamos as belezas das praias de Drymades e Gjipe e também a agitação e baladas de Jale. Depois, ainda ficamos mais seis dias em Montenegro, também curtindo o verão europeu.

Para quem não leu o post anterior sobre Ksamil e Saranda, não custa citar de novo que a Albânia é banhada pelos mares Adriático e Jônico, assim como Croácia e Grécia. Não é à toa que esta nação tem praias tão belas quanto as vizinhas famosas, mas com um custo menor. A badalação pode até não ser tão grande como nas ilhas gregas e croatas, mas já existe bastante agito, e a estrutura para o turismo ainda está se desenvolvendo no território albanês.

Em um país que só se abriu para o turismo com o fim do comunismo no início dos anos 90, ainda são raros os brasileiros por lá, a maioria dos turistas é local e de nações próximas, porém, o número de visitantes já é grande na alta temporada. Para fugir da muvuca e encontrar paraísos escondidos ao longo da costa, vale muito a pena alugar um carro, especialmente nesta região. E se me permitem, vou repetir o que já escrevi anteriormente: pelo preço que se paga, uma viagem à Albânia é garantia de “lucro” na certa. E quanto antes melhor!

TRANSPORTE:

Chegamos em Tirana, capital da Albânia, de avião. Existem voos de diversas companhias aéreas partindo de várias cidades da Europa. Para quem já estiver nos países próximos, como Grécia, Montenegro, Kosovo ou Macedônia, por exemplo, existe a opção de ônibus. Em Tirana, nós alugamos um carro, pagando 270 euros por seis diárias na locadora Sur Price, a mais barata que encontramos reservando pelo site da RentalCars. O combustível custou em média 175 leks (1,40 euro) por litro do diesel.

Antes de ir para Dhërmi, nós fomos para Saranda, percorrendo em 4 horas e meia o trajeto de 280km desde Tirana. Existem ônibus regulares que ligam a capital albanesa a Saranda. Ou seja, é possível viajar desta forma. No entanto, preferimos pegar o carro para ter mais liberdade de horários, mais comodidade e principalmente para poder explorar praias e atrações fora do centro das cidades, onde o transporte público não chega. Como estávamos em quatro pessoas, o aluguel valeu bem a pena.

Depois de Saranda, dirigimos até Dhërmi, uma distância de 70km, a maior parte em estrada cheia de curvas e com apenas uma pista para cada lado, parando em algumas praias no caminho. Para terminar, voltamos de carro de Dhërmi até Tirana, 210km percorridos em longas 6 horas ao invés das normais 4 horas, por causa do trânsito do fim de domingo. Também existem ônibus que fazem este trajeto. Para sair da Albânia, pegamos um ônibus da capital até Budva, por 23 euros e 6 horas de viagem, pela empresa Old Town Travel.

HOSPEDAGEM:

Dhërmi e Himara são as duas principais cidades desta região da Riviera Albanesa, e optamos por ficarmos hospedados na primeira, por causa da beleza das praias mais próximas e por ser um pouco mais badalada, apesar dos valores serem levemente mais altos do que na segunda opção. De qualquer forma, na Albânia nada é tão caro assim. 

Ficamos no Yard Paradise Hotel, por 41 euros a diária de um quarto duplo, com café da manhã incluso. Local simpático, três estrelas, cumpriu bem suas obrigações, sem desapontar e nem brilhar. O hotel fica a 1,5km da praia de Drymades e a 2,5km da praia de Dhërmi, em um ponto mais alto da cidade, o que torna praticamente imprescindível ter um carro alugado, já que a caminhada na subida, no sol, pode ser bem cansativa. Os hotéis mais próximos do mar tinham preços mais elevados nesta época de verão.

– FAÇA AQUI A SUA RESERVA PELO BOOKING.COM OU HOSTELWORLD.COM

Booking.com

PRAIAS:

​Como citado no início, este trecho da Riviera tem praias para todos os estilos, apesar de elas se parecerem na beleza e na cor do mar azul turquesa. A maioria tem opções de bares e restaurantes na orla, além de serviço de aluguel de cadeiras e guarda-sóis na areia (na verdade, nas pedras, já que as praias por lá são de pedrinhas), que são alugados aos turistas por cerca de 1000 leks (8 euros) o kit com duas cadeiras e um guarda-sol.

Escrevendo na ordem em que elas se localizam, a praia mais ao norte que estivemos foi Drymades, a mais extensa delas e uma das melhores. Não chegamos a ir durante o dia na Dhërmi Beach, a praia central de Dhërmi, mas ela se assemelha com a anterior, um pouco menor, mas também conta com alguns beach clubs.

Na sequência fica a praia de Gjipe, que considero a mais bonita desta região, uma das mais belas da Albânia, talvez perdendo apenas pra Ksamil. É também a praia mais diferente em que fomos por ali, por ter pequena extensão e acesso mais difícil. Para chegar até ela, é fundamental estar de carro. Depois de estacionar em uma área onde os ônibus não chegam, é preciso andar 1,5km em uma trilha percorrida em aproximadamente 20 minutos, o que faz o local ser menos movimentado do que os demais. Mesmo assim, existem restaurantes mais rústicos e cadeiras e guarda-sóis de palha para alugar. A água do mar é impressionantemente cristalina por lá, e uma dica é ir perto das pedras no canto direito, onde a água é ainda mais clara.

Para quem gosta de agito, sem dúvida a praia de Jale é a melhor escolha, local onde há um público mais jovem. A praia é dividida em duas partes, e o setor menor, onde fica o beach club Folie Marine, é definitivamente o lugar para ir se você estiver procurando algo mais animado. Os preços ali são mais altos do que a média, tanto para as bebidas quanto para as cadeiras e espreguiçadeiras, mas o ambiente com música é um diferencial. Em um domingo à tarde, pegamos uma pool party na piscina do Folie Marine, nada muito insano, mas um clima legal, tipo um lounge. À noite há festas lá também (leia mais abaixo).

Por fim, fomos na praia de Himara, mais ao sul, que também é extensa e não achei tão imperdível assim. Ali perto, fica a praia de Livadi, que não chegamos a conhecer, mas tem boas recomendações. Esta região também conta com algumas pequenas faixas de praia ao longo da costa que são acessíveis apenas de barco. Ainda mais ao sul, no caminho para Saranda, outras praias de destaque que apenas passamos na estrada são Llamani, Porto Palermo, Qeparo e Borsh.

FESTAS:

​Definitivamente, a melhor balada que aproveitamos na Albânia foi a Folie Marine, na praia de Jale. Local ao ar livre, com uma piscina no meio, DJ e um público bem arrumado. Nível alto! Pegamos uma festa muito boa em um sábado à noite. Em comparação com a média do país, os preços lá são mais altos: 500 leks (4 euros) para uma cerveja, e a partir de 700 leks (5,50 euros) para um cocktail.

Também saímos um dia em Dhërmi, na rua da praia central. Fomos no Havana, que também é um beach club durante o dia, restaurante, bar e à noite vira uma balada. Era uma sexta-feira e estava animado, mas nem se compara com a agitação do Folie Marine. A Albânia pode até não ser uma Grécia ou Croácia no quesito festas, ainda está longe disso, mas está caminhando nesta direção, e alguns lugares específicos mostram que a diversão por lá já é grande!

IMPERDÍVEL:

– A trilha de 1,5km é um esforço pequeno se comparado ao tamanho da beleza da praia de Gjipe, uma das mais belas da Albânia, e menos movimentada que as demais.

– Para quem procura agito e festa, a praia de Jale, ou mais precisamente o Folie Marine, é o lugar a se ir durante o dia e à noite. Nível alto!

– Alugar um carro é fundamental nesta região da Riviera Albanesa, para explorar as diversas praias paradisíacas, muitas não servidas pelos ônibus.

QUER SABER MAIS SOBRE ALBÂNIA? ACESSE TAMBÉM:

Site oficial do país

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 87 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

Leia Também

CANCÚN: onde ficar, o que fazer, passeios e dicas

Seja no resort ou no hostel, tem praia, balada e diversos passeios

CAPRI: o que fazer na ilha, como ir, dicas de viagem

Passeio de barco, Gruta Azul e mais atrações em dois dias de verão na famosa ilha italiana

NOVALJA (Zrce Beach): as melhores festas e praias, como ir

A Ibiza croata! Um destino barato para baladas no verão europeu

2 COMMENTS

  1. Não vejo a hora de podermos voltar a viajar! A Albânia está na nossa lista para a próxima temporada de viagens e eu já amei o post cheio de dicas!

    • Oi Ana Paula,
      Espero também que todos nós possamos voltar a viajar normalmente o mais rápido possível.
      Que legal que você curtiu o post, a ideia é essa mesmo de dar dicas para outros viajantes.
      A Albânia é sensacional, belas praias e custo baixo!

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimos Posts

Top 10 – VIDA ANIMAL – natureza, preservação, fauna pelo mundo

Quais são os lugares com animais mais legais que você conhece? O “Bora Viajar Agora” elaborou um ranking de dez lugares pelo mundo

Top 10 – TEMPLOS RELIGIOSOS: os mais sagrados do mundo

Quais são os templos religiosos mais fascinantes do mundo? O “Bora Viajar Agora” elaborou um ranking de dez lugares sagrados

TÂNGER: o que fazer, dicas, como ir da Espanha

No encontro do Atlântico com o Mediterrâneo, a porta de entrada da África do Norte

FEZ: Medina, o que fazer, como ir, dicas

A maior e mais antiga Medina do mundo, e o curtume que foi cenário de novela

CHEFCHAOUEN: o que fazer, como ir, fotos

A Cidade Azul do Marrocos: fotogênica e com tranquilidade nas vielas