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LONDRES: o que fazer, dicas, roteiro de 5 dias na capital britânica

Big Ben, Tower Bridge, teatros e pubs: saiba o que fazer em cinco dias na capital britânica
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Quando fui a Londres: Morei entre 2008 e 2010, em 2012, e fui em 1996, 2011 e 2016

Quanto tempo: 5 dias (em 2016)

O que fazer em cinco dias em Londres? Não é uma tarefa nada fácil resumir as atrações da “capital do mundo” em tão pouco tempo, mais difícil ainda em um só post. Morei lá por quase três anos e meio, conheci tanta coisa, e mesmo assim não conheci tudo. Mas o objetivo aqui é montar um roteiro de cinco dias na capital britânica para facilitar a vida quem vai conhecer pela primeira vez essa cidade tão especial. Por isso, o Bora Viajar Agora dá sugestões de como aproveitar este destino da melhor forma possível, indicando desde os pontos turísticos mais conhecidos, como Big Ben e Tower Bridge, até dicas de parques, pubs, teatros e baladas, sempre de maneira econômica.

“Quando um homem está cansado de Londres, ele está cansado da vida”. A célebre frase de Samuel Jackson ilustra bem esta cidade de incontáveis opções, para os mais variados estilos, gostos, pessoas. Em Londres tem lugar para todo mundo. Sou suspeito para fazer os elogios, mas quem não gosta de Londres é porque não teve a oportunidade de aproveitar direito. Pode até ser uma cidade cinza, como alguns críticos dizem, o clima de fato incomoda às vezes, mas está bem longe de ser um lugar “frio”. Pode até faltar sol, mas sobra agitação, cultura, novidades, programas e atrações. É em Londres que você vai encontrar em um só lugar a mistura de todos os povos do mundo, sabores e sotaques variados, do curry indiano ao feijão brasileiro e, claro, também as cervejas britânicas. Você vai ver nas ruas árabes com lenço na cabeça, japoneses de cabelo colorido, loiras suecas, rastafáris jamaicanos e turistas achando certas coisas estranhas. Mas na verdade, tudo lá é mais do que normal no dia a dia! 

Para ajudar o viajante a desfrutar dos encantos londrinos, o Bora preparou este roteiro de cinco dias baseado na última viagem que fiz até lá, em maio de 2016. Quais são as atrações gratuitas? Vale a pena andar na London Eye? Qual é um bom pub pra tomar uma pint de cerveja? E para comer sem gastar muito? Quais são os parques legais pra relaxar? Como usar o metrô? Onde curtir a noite?

Claro que esta é apenas uma sugestão, um roteiro sem gastar muito dinheiro, que inclui a parte turística mais óbvia, mas também dicas de lugares mais frequentados pelos moradores da cidade. Como existem muitas e variadas opções de turismo e entretenimento em Londres, fica impossível abordar tudo em apenas um texto, mas tentamos resumir aqui o que consideramos mais importante. Daria para escrever um livro com tanta indicação de atrações, passeios, pubs, baladas, etc.. Fiquem à vontade para comentar, deixar opiniões, ideias e acrescentar mais informações. “Mind the gap” e “cheers!”

O QUE FAZER:

1º DIA:

Chegamos em Londres na tarde anterior, mas o primeiro dia de passeios para valer Londres foi um sábado, melhor dia do tradicional Portobello Road Market. A rua fica no famoso bairro de Notting Hill, com casinhas coloridas, região onde foi gravado o filme “Um lugar chamado Notting Hill”, com a Julia Roberts e o Hugh Grant. O mercado de rua, uma espécie de feira, abre às 9h e fecha às 19h (muita coisa fecha antes), e o ideal é chegar cedo para evitar a multidão de turistas e circular mais tranquilamente nas lojas e barracas, que oferecem as mais variadas barganhas: antiguidades, roupas, souvenirs, quadros, objetos para casa, etc, etc. Tem bastante coisa mesmo. Por lá também há barracas com diversos tipos de comidas, de vários países, uma boa para fazer um almoço econômico durante o passeio.

De lá, pegamos o metrô até a Trafalgar Square e começamos um tour a pé por alguns dos principais pontos turísticos da região central. Depois de algumas fotos na praça onde fica a National Gallery (não entramos neste importante museu, que é gratuito e abriga milhares de quadros e pinturas), seguimos até o St. James’s Park, em uma agradável caminhada entre os lagos e árvores, com a companhia de alguns esquilos e cisnes. No final do parque, está o Palácio de Buckingham, a residência oficial da Rainha Elizabeth e sede administrativa na monarquia do Reino Unido. Em determinados meses (normalmente agosto e setembro), é permitido entrar no palácio, comprando um ticket para o tour. De graça é a troca da guarda, que acontece às 11h30 diariamente entre abril e julho, e em dias alternados no restante do ano. Já assisti uma vez à cerimônia com os tradicionais guardas britânico com roupa vermelha e chapéu preto, mas sinceramente não acho que seja imperdível. Para apenas vê-los, é só ir ali perto no Horse Guards Parade ou mais de longe ali mesmo no palácio em qualquer horário.

À noite, entre as muitas opções de pubs e baladas na cidade, fomos a um dos mais conhecidos na área turística de Leicester Square, Soho, Chinatown e Piccadilly Circus. Primeiro, vale uma passada no Waxy O’Connor’s, um interessante pub mais tranquilo que tem um árvore no meio. Depois de umas pints ali, na rua paralela (Wardour Street) está o O’Neill’s, um pub/balada de quatro andares que pode até começar mais calmo, mas conforme você vai subindo as escadas, e as doses de JD and Coke mais pints de Guinness vão subindo também, o negócio fica bem agitado. No segundo andar tem DJ, e no terceiro andar nos finais de semana há sempre uma banda de rock tocando. O lugar é bem turístico, aquela mistura de pessoas de todo o mundo como é bem característico em Londres, e acho uma boa pedida para quem visita a cidade pela primeira vez. Termina umas 3h30, e nos dias cheios é bom chegar antes das 23h, sob o risco de não entrar. Antes das 22h a entrada costuma ser gratuita, depois pode haver cobrança de 5 a 10 libras. Tudo varia conforme a lotação, se o grupo tem muitos homens, se está com mulher junto, aquelas coisas que acontecem em muitas baladas da Europa. No O’Neill’s pelo menos não tem muita “frescura” quanto à roupa, geralmente pode entrar até de tênis, por exemplo.

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– Portobello Road Market (Notting Hill Gate ou Ladbroke Grove)
– Trafalgar Square (Charing Cross)
– Palácio de Buckingham + St. James’s Park (St. James’s Park)
– O’Neill’s Soho (Leicester Square)

2º DIA:

Depois de um primeiro dia intenso, o domingo foi mais “light”. Sem acordar tão cedo, fomos até a Royal Docks e pegamos o teleférico Emirates Air Line para cruzar o Rio Tâmisa em direção a North Greenwich. O cable car foi construído para facilitar o deslocamento entre dois lugares de competição na Olimpíada de Londres, e é uma boa opção para conhecer a região das docas tendo uma vista do alto. Paga-se menos de 5 libras, e tem desconto com o Oyster card. Logo ao lado da estação está a The O2, inaugurado no fim de 1999 com o nome de Millenium Dome, que hoje é um complexo de entretenimento com arena para shows e eventos, restaurantes, bares e cinemas. Eu tinha um motivo especial para ir até lá, já que trabalhei no local durante anos quando morei em Londres, mas vale a visita. 

Após almoçarmos, pegamos um ônibus até o Greenwich Park, um bom lugar para descansar, relaxar ou até fazer um piquenique. Ali no parque, subindo uma pequena colina, está o Observatório Real de Greenwich, e no chão há uma linha que marca o lugar exato onde passa o meridiano que divide o planeta Terra em ocidente e oriente. A região ainda oferece outras atrações mais específicas, como o Museu Marítimo, a Universidade de Greenwich, o Greenwich Market e o veleiro Cutty Sark, mas apenas caminhamos em frente delas. Na volta para onde estávamos hospedados, pegamos a DLR e passamos rapidamente por Canary Wharf, o novo centro financeiro da cidade, com vários modernos arranha-céus.

No início da noite, o programa foi ir à Brick Lane, que fica mais agitada aos domingos. Esta rua na região Leste da capital inglesa, em área da comunidade Bangladeshi (há vários restaurantes típicos que servem pratos com curry), é point dos hipsters, mas agrada a diversos estilos. O local conta com bares, lojas, animadas festas e bares com DJ, com destaque para o Cafe 1001 e o Big Chill Bar. Mais cedo, uma feira que vende desde roupas e antiguidades até comidas típicas acontece por lá. Depois da diversão, certo é terminar a noite comendo um bagel de salmão cru com cream cheese (existem outros sabores) por cerca de 1,50 libra na Beigel Bake, uma tradicional e simples padaria que fica aberta 24 horas.

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– teleférico Emirates (Royal Victoria)
– The O2 (North Greenwich)
– Greenwich Park (Cutty Sark)
– Brick Lane (Shoreditch High Street)

3º DIA:

Dia de conhecer pontos turísticos importantes da região da City of London, o centro velho da cidade que foi destruído no grande incêndio de 1666, e arredores. Começamos pela bela construção medieval da Tower of London (não entramos, o ingresso custa 25 libras), cruzamos o Rio Tâmisa pela Tower Bridge, a imponente ponte que é um dos símbolos de Londres e existe desde 1894 (e abre em determinados horários para a passagem de barcos maiores), e continuamos em uma agradável caminhada pela margem sul do rio. Passamos em frente ao City Hall (Prefeitura), ao navio museu HMS Belfast, London Bridge, Borough Market, teatro Shakespeare’s Globe, Tate Modern, além de interessantes ruas, pubs e construções históricas das regiões de Southwark e South Bank. Não entramos em nenhum desses lugares citados, isso fica a critério de cada um (já que o tempo é curto, e é preciso fazer uma escolha das atrações), mas o passeio vale bem a pena.

Na sequência, cruzamos a ponte para pedestres Millenium Bridge e fomos à St Paul’s Cathedral (ingresso a 18 libras, gratuita aos domingos na missas), a catedral que é mais um cartão postal da Inglaterra. Depois de um rápido deslocamento de metrô, a próxima parada foi o British Museum (Museu Britânico), que tem entrada gratuita, onde ficamos cerca de duas horas rodando pelo rico acervo. Entre as muitas esculturas e peças das mais variadas civilizações da antiguidade, como egípcia, romana, grega, persa, asteca, japonesa, estão a Pedra de Roseta, múmias do Egito Antigo e partes do Partenon de Atenas.

Fechamos a segunda-feira indo no fim da tarde/noite para Camden Town, bairro que já foi dominado por punks e rockeiros e atualmente reúne os mais variados estabelecimentos da cultura alternativa, como lojas, pubs, baladas, estúdios de tatuagens e piercings… Ali também há algumas áreas de mercados, como barracas que vendem roupas, acessórios, antiguidades, souvenirs e diversos outros artigos, como o Camden Market, o Camdem Lock Market e o Stables Market, além de comidas típicas de diversos países. No caminho, vale uma passada no simpático Regent’s Canal. Pra terminar, fomos ao pub The Hawley Arms, o preferido da Amy Winehouse, que morava na região e frequentava o local antes de morrer em 2011. O local tem algumas fotos e objetos da cantora, de forma bem discreta, é tranquilo e agradável para umas pints

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– Tower of London (Tower Hill)
– Tower Bridge (Tower Hill)
– St Paul’s Cathedral (St Paul’s)
– British Museum (Holborn ou Tottenham Court Road)
– Camden Town (Camden Town)

4º DIA:

A atração escolhida para a parte da manhã deste dia foi fora de Londres: o The making of Harry Potter – Warner Bros. Studio Tour. O passeio é imperdível para os fãs do bruxo, sucesso do livro de J.K. Rowling que depois virou filme. Em cerca de 2h30 de tour, você vê cenários de gravação e objetos dos personagens, como o salão comunal de Hogwarts, a estação de trem, a casa onde ele morava, varinhas, vassouras, roupas, poções… É possível até beber a cerveja amanteigada. Tem muita coisa mesmo que retrata bem a história de Harry, Hermione, Rony e companhia. O lugar é muito bem feito, vale a visita. O ingresso custa 35 libras e é necessário comprar antes pela internet, com horário marcado (não é vendido lá na hora). Os estúdios ficam em Leavesden, a 32km a noroeste do centro de Londres, e a maneira mais fácil de chegar lá é pegando um trem até Watford Junction e depois um ônibus shuttle próprio para os visitantes, em trajeto que demora cerca de 1 hora. Mais informações no site oficial. Para quem tem outras preferências de programação, algumas ideias fora da cidade são o Castelo de Windsor, o Palácio de Hampton Court, Stonehenge, Stratford-upon-Avon (onde Shakespeare nasceu) ou as universidades de Oxford e Cambridge, por exemplo.

À tarde estivemos no Madame Tussauds, o famoso museu de cera com estátuas de celebridades, desde Barack Obama,  Beyoncé, Beatles e até o Shrek. Na saída ainda passamos em frente ao Museu do Sherlock Holmes, que fica na casa onde o detetive morou, na Baker Street. Pagamos 39 libras em um ticket combinado que incluía o Madame Tussauds (29 libras só ele) e a London Eye (21 libras), atração para onde fomos logo na sequência. Os dois lugares têm filas frequentes durante o verão. A volta completa na enorme roda gigante inaugurada no ano de 2000 dura 30 minutos, e lá do alto é possível ter uma bela vista da cidade. Nesta viagem, andamos nela com o dia ainda claro, mas uma ideia para um visual diferente é ir quando o sol está caindo ou até à noite. Quase em frente dali, do outro lado do rio está o Big Ben, o sino da torre do relógio que fica na Houses of Parliament (Casa do Parlamento), o principal símbolo de Londres. Também passamos rapidamente ali por perto na Abadia de Westminster. Mas ficamos mais tempo mesmo é admirando a London Eye e o Big Ben, pra mim o lugar turístico mais especial da capital inglesa, tirando fotos dos mais variados ângulos, durante o dia e depois à noite com eles iluminados.

Para finalizar, fomos comer e beber no Roadhouse, um bar que costuma ficar animado com DJ e/ou bandas em determinados dias, localizado atrás do mercado de Covent Garden, região que também vale conhecer. De lá, caminhamos um pouco e pegamos um barco no Rio Tâmisa, o Thames Clippers, que é transporte público local, e desembarcamos ao lado da Tower Bridge, aproveitando para fazer um passeio noturno cruzando o centro da cidade.

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– Harry Potter – Warner Bros. Studios (trem – Watford Junction + ônibus shuttle)
– Madame Tussauds (Baker Street)
– London Eye (Westminster ou Waterloo)
– Big Ben (Westminster)
– Covent Garden + Roadhouse (Covent Garden)

5º DIA:

O último dia começou com uma visita ao Parque Olímpico Rainha Elizabeth, local onde foi realizada a Olimpíada de 2012 e hoje é aberto ao público, em Stratford. Um jeito agradável de circular pela ampla área verde e as instalações esportivas que ficaram por lá é alugar ali mesmo aquelas bicicletas do Santander. Depois, cruzamos a cidade e passamos na Harrods, a luxuosa e tradicional loja de departamentos de sete andares. Como os preços são astronômicos, nem perdemos muito tempo, foi só para conhecer mesmo.

A parte da tarde ficou reservadas para as compras, de roupas a souvenirs. Descemos no metrô em Piccadilly Circus e fomos andando pela Regent Street. Além de muitas lojas de marcas famosas, da moda e caras, destaques mais específicos para a Lillywhites (artigos esportivos) e a Hamleys (brinquedos para criança) e também para a Carnaby Street (uma simpática ruazinha para pedestres). Chegando na Oxford Street, a principal rua de comércio de Londres, sempre lotada de turistas, moradores e trabalhadores em geral, as opções com preços mais em conta aumentam. Ali é preciso andar com paciência para encontrar o que mais te agrada. Mas uma dica que é tiro certo para roupas baratas (talvez sem tanta qualidade, mas com ótimos modelos) é a Primark, paraíso dos brasileiros e indianos, com camisetas custando a partir de 3 libras.

A programação da noite foi intensa. Primeiro, teatro, pegamos a sessão das 19h30 do consagrado Fantasma da Ópera, no Her Majesty’s Theatre, por 29 libras um ingresso no Royal Circle, comprado pela internet uma semana antes. São muitas opções de teatros e musicais por lá, confira aqui. E para encerrar de vez esta viagem londrina, balada no Zoo Bar, em Leicester Square, uma night que eu costumava frequentar bastante na época que morava por lá. O local é um bar à tarde, vira festa agitada à noite e termina lá pras 3h30. A entrada custa entre 5 e 10 libras, dependendo do horário e do dia, e há sempre bastante turistas, pela localização central e por algumas promoções de bebida. Obviamente, existem inúmeras outras baladas na cidade, algumas muito melhores e também mais caras. No dia seguinte, fomos logo cedo de trem Eurostar para Paris.

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– Parque Olímpico (Stratford)
– Piccadilly Circus (Piccadily Circus)
– Oxford Street (Oxford Circus, Tottenham Court Road, Bond Street ou Marble Arch)
– Primark (Marble Arch)
– Fantasma da Ópera (Piccadilly Circus ou Charing Cross)
– Zoo Bar (Leicester Square)

​OUTROS:

Importante ressaltar que este roteiro foi feito de acordo com nossas preferências, e algumas atrações e passeios podem ser substituídos conforme com o gosto de cada um. O objetivo é conhecer bem a cidade, mas sem ficar naquela correria louca. Alguns lugares importantes ficaram fora por falta de tempo, como o Castelo de Windsor, o Museu de História Natural, a National Gallery, o Hyde Park, Abbey Road, a subida no edifício The Shard, estádios de futebol como Wembley, entrada em outros museus, visitas a outros bairros, etc… Em alguns deles, até passamos pela frente, mas acabamos não entrando. Enfim, Londres merece muito mais do que cinco dias, mas como nem sempre é possível, estas são nossas sugestões.

TRANSPORTE:

O metrô de Londres, mais conhecido como Underground ou Tube, é o mais extenso e antigo do mundo, foi inaugurado e 1863 e hoje conta com 11 linhas e 270 estações. Eu diria que até mais necessário do que ter um mapa da cidade em mãos é ter o mapa do metrô sempre com você durante a viagem, já que é o Tube que vai te levar a quase todos os lugares, inclusive para o aeroporto de Heathrow. Use bastante e “Mind the gap”. Os icônicos ônibus de dois andares também são boa opção para conhecer a cidade por cima e úteis para o pós-balada na madrugada (algumas linhas de metrô começaram a funcionar 24 horas em setembro de 2016). Além disso, existem linhas de trem urbano para locais mais afastados.

​Para quem for ficar cinco dias por lá (sendo talvez o sexto dia a saída da cidade), minha indicação é comprar o Oyster card de uma semana para as zonas 1 e 2, por 32 libras (mais 5 libras reembolsáveis pelo cartão), ticket que te dá direito a usar metrô, trem e ônibus de forma ilimitada neste período na região mais central da capital, onde estão a grande maioria das atrações. Caso haja a necessidade de ir para as zonas 3 até 9, paga-se apenas um adicional de acordo com a distância. Como transporte público funciona bem e é espetacular, você vai usá-lo bastante, e comprar as passagens avulsas acaba saindo mais caro. Mais informações no site da TFL. Uma ideia para quem gosta de fazer exercício ainda é alugar as bicicletas do Santander espalhadas em pontos pela ruas.

HOSPEDAGEM:

Nesta ida a Londres em 2016, alugamos um apartamento pelo site Airbnb, alternativa que saiu mais barata do que hotéis e mesmo hostels. Pagamos 70 libras na diária de um quarto para três pessoas em um flat (que tinha mais dois quartos, com banheiro e cozinha compartilhados) em Bethnal Green, bairro na zona 2 de fácil e rápido acesso ao centro. Acho que uma boa localização é fundamental para facilitar no deslocamento e não perder tempo à toa, compensa gastar um pouquinho a mais para não ficar longe. Uma vantagem de ficar em apartamento é poder usar a cozinha para preparar algumas refeições, o que é sempre uma boa economia.

Como morei lá, nunca fiquei em hostel, mas existem várias boas opções. Nunca é demais frisar, acho importante estar bem localizado, nas zonas 1 ou 2. As áreas perto de London Bridge, King’s Cross, South Kensington e Bayswater costumam ter uma boa relação custo-benefício para hospedagem.

– FAÇA AQUI A SUA RESERVA PELO BOOKING.COM OU HOSTELWORLD.COM

COMER E BEBER:

Ir a restaurantes e bares não é um programa barato em Londres, ainda mais considerando a conversão da libra para o real. No entanto, há opções com preços aceitáveis para comer os mais variados tipos de comida ou beber umas cervejas. Espere pagar pelo menos 10 libras pelo tradicional Fish and Chips, o prato britânico de peixe empanado com batatas (muitas vezes oleoso demais). O valor mínimo é o mesmo em média para outras refeições individuais, como a Shepherd’s Pie (torta de carne, outra especialidade inglesa), massas ou frango, por exemplo, mas a carne vermelha é sempre mais cara. O Nando’s (frango), o Wagamama (comida oriental) e o pub Slug and Lettuce (pratos e petiscos para dividir) são boas indicações econômicas.

A pint (568ml) de cerveja lager, IPA e outros tipos custa ente 4 e 5 libras nos pubs da região central, mesmo preço de uma dose (pequena) de bebida destilada com algum mixer. Com 5 libras é possível comer noodles (yakissoba) em restaurantes chineses mais simples, e com 3 ou 4 libras você encontra hamburgeres e kebabs em lanchonetes mais “pé sujo”, como os Perfect Fried Chicken (PFC) da vida, ou sanduíches frios prontos em cafés e lojas como o Pret A Manger e o Costa. Uma boa também são os mercados, como o Borough Market. Mas o jeito mais barato mesmo para se alimentar é fazer compras em algum supermercado, como Tesco, Iceland, Lidl, Asda, Sainsbury e fazer algumas refeições onde estiver hospedado. Dá pra achar congelados por 1 libra!

IMPERDÍVEL:

– Vá nos pontos turísticos, mas não só neles. Conheça  lugares como Camden Town e a Brick Lane e veja a sensacional mistura de povos e culturas que a “capital do mundo” proporciona.

– Além de te levar a quase todos os pontos da cidade, o metrô de Londres é uma atração à parte. Compre o Oyster card semanal e utilize o transporte público de forma ilimitada.

– Fique atento a promoções e descontos de ingresso para as atrações turísticas, como o ticket combinado para a London Eye e o Madame Tussauds, que sai mais barato.

QUER SABER MAIS SOBRE LONDRES ? ACESSE TAMBÉM:

Site oficial da cidade

​- Londres para principiantes

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 87 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

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