Jamaica-flag

NEGRIL: o que fazer, praias e festas na Jamaica

11 quilômetros de praia, muito reggae e cliff jumping
Publicado em:

Quando fui a Negril: Fevereiro de 2016

Quanto tempo: 3 dias

Conhecido como o primeiro grande destino turístico da Jamaica, Negril tem dois belos trunfos da natureza em sua costa para cativar o visitante: uma praia de água azul turquesa de 11 quilômetros de extensão (Seven Mile Beach) e uma região (West End) cheia de cliffs, ou penhascos, de onde é possível pular no mar, num esporte conhecido como cliff jumping. Junte a isso, a fama de cidade mais festeira do país, com muito reggae, claro, em bares e espaços para shows espalhados pela orla.

Negril foi o primeiro lugar que visitei na Jamaica, em fevereiro de 2016, cidade que durante três dias deu o “cartão de visitas” de como seria a viagem de oito dias por lá, trip que incluiu também Montego Bay, Ocho Rios, Nine Mile, Port Antonio e Kingston (clique aqui e veja roteiro completo pelo Caribe). Negril nos apresentou um pouco do melhor e também um pouco do “pior” que vivemos no país. Negril nos mostrou logo de cara que a Jamaica pode deixar impressões diferentes nas pessoas, impressões que estão diretamente relacionadas ao estilo de viagem que você faz e ao seu grau de tolerância. Ficar em um resort e fazer os passeios com ônibus de turismo com ar condicionado, o que a maioria faz por lá, certamente é uma experiência muito diferente de se espremer nas vans do transporte público local e conhecer as atrações de forma independente, que foi o que fizemos.

Além de nos proporcionar ótimos dias de praia, pôr do sol e pulos dos cliffs do Rick’s Cafe, noites de reggae e o primeiro contato com a cultura rastafári, Negril também nos ensinou aos poucos como agir diante dos insistentes e muitas vezes inconvenientes (sem exagero, é preciso de muita paciência) vendedores de tours, comida, maconha, massagem, camisetas, acessórios, taxistas e afins, sempre tentando tirar um dinheiro a mais do turista. A dica é pesquisar antecipadamente e sempre saber os preços das coisas que você quer, evitando ser enganado e,  de forma educada, mas firme, cortar aqueles que não te interessam. Outra boa ideia: quando perguntarem se é a primeira vez que você está na Jamaica, diga que não, que você já tem costume de visitar o país. Ah, mais um aprendizado: faça, sim, sempre o câmbio para o dólar jamaicano. Apesar de eles aceitarem o dólar americano em todo lugar, a taxa de conversão é sempre pior do que se você fizer a troca antes nos pontos oficiais.

TRANSPORTE:

Chegamos à Jamaica na capital Kingston, em um voo da Caribbean Airlines vindo de Saint Martin. O aeroporto de Montego Bay costuma ser a maior porta de entrada dos turistas, mas no nosso caso não tinha voo para lá. De Kingston até Negril, começou a nossa aventura bem roots pelas estradas jamaicanas, sempre pensando na economia. Pegamos os chamados “route taxis” (táxis compartilhados), em uma viagem de cerca de quatro horas com troca em Savana la Mar, trajeto total que custou 1200 dólares jamaicanos (10 dólares) por pessoa. O primeiro trecho foi em uma apertada van, sem ar condicionado e com 20 pessoas espremidas, e depois em um táxi mesmo, carro, com quatro passageiros no banco traseiro.

Quem optar por essa opção bem mais econômica, que é o transporte público da Jamaica, com zero conforto, esteja preparado para ser “atacado” pelos cobradores das vans toda vez que chegar em um terminal. Os veículos partem frequentemente, não há horários fixos, mas saem apenas quando estão cheios, por isso a briga para atrair gente. Espere também motoristas acelerando e buzinando bastante, e “seja o que Deus quiser”. Apesar do esquema de “guerra” e de sermos os únicos estrangeiros em todas as vezes que pegamos os route táxis pelos país, tomando as precauções normais, não me senti inseguro em nenhum momento e funcionou bem.

As outras opções que a maioria dos turistas adota para se locomover pela Jamaica são: alugar carro, o que te dá uma liberdade maior e pode ser uma boa financeiramente se você estiver em quatro ou cinco pessoas; os táxis privados, que custam no mínimo dez vezes mais que os compartilhados; ou então os ônibus de viagem da empresa Knutsford Express, confortáveis e com horários marcados, mas que geralmente têm o triplo do preço.

Para circular em Negril, usamos também os route taxis, que custam 300 dólares jamaicanos (2,50 dólares) por pessoa da Seven Mile Beach até o West End. Apesar do preço “tabelado”, é preciso muita negociação para conseguir esse valor, principalmente à noite, já que os taxistas sempre querer arrancar aquela grana a mais do viajante.

HOSPEDAGEM:

Ficamos no T&T – Tatty and Tony Guesthouse, por 33 dólares a diária do quarto duplo com banheiro, hospedagem mais barata que ficamos no país. Lugar simples, não tinha água quente no chuveiro, mas até que justo pelo preço, com destaque para a simpatia do casal de donos, que foram bem atenciosos dando dicas da cidade. Essa guesthouse fica na região do West End, a cinco minutos de caminhada do Rick’s Cafe e menos de dez minutos de táxi até a praia.

A maioria dos turistas que vai de férias para Negril se hospeda nos diversos hotéis mais caros e resorts espalhados pela praia de Seven Mile. Um hotel bem conhecido é o Rockhouse, que fica no West End, com bela vista dos cliffs e um bom restaurante aberto ao público. Mas, claro, tudo isso por um preço bem mais elevado.

– FAÇA AQUI A SUA RESERVA PELO BOOKING.COM OU HOSTELWORLD.COM

Booking.com

O QUE FAZER:

Praia ou cliffs? Negril oferece essas duas grandes atrações. Com 11 quilômetros de extensão, a Seven Mile Beach (ou Long Bay) é o point onde quase tudo acontece na cidade. Durante o dia, são vários bares e restaurantes ao longo da orla, onde você pode aproveitar o mar azulado do Caribe tomando uma cerveja Red Stripe e comendo bem. Estivemos no Bourbon Beach (mais barato e com mais frequentadores locais) e no Margaritaville (mais caro e com mais turistas), ambos são boas opções, de estilos diferentes. Mas seja em qualquer um desses pontos, o certo é encontrar pessoas fumando e vendendo “ganja” (maconha). Apesar de a erva ser ilegal mesmo na terra do Bob Marley (sim, é proibido, mas é impressionante como todos fumam), o consumo é tolerado pelas autoridades e quem quiser compra facilmente em qualquer lugar por lá.

Recomendo também um almoço no Cosmo’s, com bons pratos de frutos do mar a preços acessíveis, a partir de 7 dólares. Um pouco mais caros do que os jerk chickens (frango com tempero tradicional jamaicano) que você encontra em cada esquina por uns 3 dólares, mas vale a pena.

Mas o grande diferencial da cidade para outros destinos do litoral da Jamaica são os cliffs, ou penhascos, na região do West End, de onde é possível pular no mar e nadar. Por ali, também se encontram bares e restaurantes, entre eles o badalado Rick’s Cafe. Apesar de ser um local bem turístico, até certo ponto artificial e com preço acima da média, não paga para entrar e vale conhecer pelo menos um dia. É praticamente um ritual da viagem para Negril. A programação é ir lá no fim da tarde, pós-praia, para ver o belo pôr do sol (que está no Top 10 Pôr do sol do Bora Viajar Agora), ouvir um reggae ao vivo e, para os mais corajosos, fazer cliff jumping. O salto de cerca de 10 metros de altura na água é uma tradição no local e gera expectativa no público presente.

FESTAS:

Com fama de cidade festeira, Negril costuma receber shows de grandes nomes do reggae, normalmente no Roots Bamboo ou no MXIII. Mais frequentes são as apresentações de cantores e bandas locais, que fazem um som no palco do Bourbon Beach (o mesmo em que estivemos na praia durante o dia) e do Alfred’s, ambos com entrada gratuita. Fomos nos dois durante a noite, lugares tranquilos, legal para presenciar um reggae jamaicano em seu país de origem.

Para mais agitação, os destaques são a The Jungle, a principal balada da cidade (pagamos 10 dólares cada um para entrar, em uma quinta-feira, e estava bem cheia), e o Margaritaville, que faz uma festa noturna pelo menos uma vez por semana (na sexta-feira, pagamos 25 dólares e era open bar).

IMPERDÍVEL:

– Fim de tarde no badalado Rick’s Cafe, com belo pôr do sol, reggae ao vivo e, para os corajosos, cliff jumping no mar azulado.

– Mais reggae! A festeira cidade de Negril conta com boas opções de bares com shows de reggae na orla da Seven Mile Beach.

– É preciso de uma boa dose de paciência com os inconvenientes vendedores e também poder de negociação com os taxistas, já que a maioria quer tirar um dinheiro a mais do turista.

QUER SABER MAIS SOBRE NEGRIL ? ACESSE TAMBÉM:

Site oficial da cidade

Viajar pelo Mundo

​- Bem-vindos a Bordo

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 89 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

Leia Também

SAINT MARTIN / SINT MAARTEN: praias, aeroporto, dicas

A ilha com metade francesa, metade holandesa e aviões “raspando” na sua cabeça

CARIBE: roteiro de 20 dias por cinco países e ilhas

Roteiro completo de viagem no Caribe, de 20 dias por cinco países: Saint Martin, Sint Maarten, Anguilla, Jamaica e Saint Barth

MONTEGO BAY: o que fazer, como ir, onde ficar

Praia, reggae e o passeio para a lagoa luminosa na capital do turismo da Jamaica

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimos Posts

Top 10 – VIDA ANIMAL – natureza, preservação, fauna pelo mundo

Quais são os lugares com animais mais legais que você conhece? O “Bora Viajar Agora” elaborou um ranking de dez lugares pelo mundo

Top 10 – TEMPLOS RELIGIOSOS: os mais sagrados do mundo

Quais são os templos religiosos mais fascinantes do mundo? O “Bora Viajar Agora” elaborou um ranking de dez lugares sagrados

TÂNGER: o que fazer, dicas, como ir da Espanha

No encontro do Atlântico com o Mediterrâneo, a porta de entrada da África do Norte

FEZ: Medina, o que fazer, como ir, dicas

A maior e mais antiga Medina do mundo, e o curtume que foi cenário de novela

CHEFCHAOUEN: o que fazer, como ir, fotos

A Cidade Azul do Marrocos: fotogênica e com tranquilidade nas vielas