France-flag

PARIS: o que fazer, dicas e roteiro de 5 dias na capital francesa

Torre Eiffel, Louvre, pôr do sol no Sena e piquenique: saiba o que fazer em cinco dias na capital francesa
Publicado em:

Quando fui a Paris: Julho de 1996, Maio de 2008 e Maio de 2016 (antes de morar em Paris) 

Quanto tempo: 5 dias (em 2016)

O que fazer em cinco dias em Paris? É verdade que a capital mais visitada do mundo merece mais tempo para ser apreciada, é impossível conhecer toda a infinidade de atrações que a Cidade Luz oferece em uma primeira vez por lá. No entanto, poucos viajantes têm o privilégio de ter tempo e dinheiro sobrando. Por isso, o Bora Viajar Agora elaborou uma sugestão de roteiro de cinco dias na capital da França, um roteiro que mescla a ida aos principais pontos turísticos, com momentos mais tranquilos em um parque ou em um café, por exemplo, e também aproveitando um pouco da noite parisiense.

Eu estive em Paris em três oportunidades (antes de morar na cidade a partir de 2017), a última delas em maio de 2016, quando fiquei lá por cinco dias, e foi justamente nesta viagem mais recente que montei este post com dicas sobre o que fazer. São ideias válidas para aquelas pessoas que querem visitar a cidade pela primeira vez, mas que não pretendem ficar somente na correria de ir pingando de uma atração turística para outra, e sim também desfrutar com mais calma da atmosfera do destino e da rotina da população local. Uma mistura de cultura com diversão, em um país que tem o glamour na identidade, mas onde também há alternativas mais econômicas.

Qual o melhor horário para ir na Torre Eiffel? O Louvre é de graça algum dia? Claro que a intenção é abordar esses interesses mais comuns, mas também sugerir situações mais específicas vividas por nós. Onde é um bom lugar para ver o pôr do sol na beira do Rio Sena? E para fazer um piquenique no parque?

Como existem muitas e variadas opções de turismo e entretenimento em Paris, fica impossível abordar tudo em apenas um texto, mas tentamos resumir aqui o que consideramos mais importante para uma viagem de cinco dias, de acordo com nossa experiência e sem gastar muito. Fiquem à vontade para comentar, deixar opiniões, ideias e acrescentar mais informações. “Santé!”

-Para mais posts sobre Paris, dicas mais específicas e passeios guiados pela cidade, acesse a nossa página especial do “#BoraPraParis“.

O QUE FAZER:

1º DIA:

O primeiro dia em Paris foi o mais “light”, após uma viagem de trem Eurostar vindo de Londres pela manhã. De início, um almoço tipicamente francês em um bistrô que oferecia diversas opções de pratos, vinhos e champanhe. A primeira atração turística foi a mais famosa de todas, a Torre Eiffel, mas desta vez ainda não subimos nela, a parada foi apenas para fotos a partir do Trocadero. Depois, um passeio pelo bairro de Saint-Germain-des-Prés, com seus tradicionais cafés, lojas e livrarias, e uma entrada na igreja medieval de mesmo nome, a mais antiga (do século VI) da cidade. Ainda à tarde, fomos à Catedral de Notre Dame (entrada gratuita, mas paga-se para subir nas torres), com seu estilo gótico e belos vitrais.

À noite, fomos jantar com amigos que moram em Neully-sur-Marne, um município mais residencial a Leste de Paris, afastado do centro. No caminho, conhecemos o Château de Vincennes, um castelo de importância histórica para o país. Como esta programação noturna deste dia foi uma coisa bem específica nossa, ela pode muito bem ser substituída por uma ida a algum outro restaurante da cidade ou, por exemplo, ao famoso cabaré Moulin Rouge.

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– Saint-Germain-des-Prés (Saint-Germain-des-Prés)
– Catedral de Notre Dame (Cité)
– Château de Vincennes (Château de Vincennes)

2º DIA:

Dia de ir ao grande símbolo da França. Para evitar as frequentes longas filas da Torre Eiffel, a dica é chegar para a subida logo no horário de abertura, às 9h30 (9h no verão). Mesmo assim, prepare-se para uma certa espera, já que é o monumento pago mais visitado do mundo. Mas, claro, meia hora na fila é bem melhor do que ficar duas horas em pé. O preço normal para subir de elevador até o topo de 324 metros de altura é de 17 euros, mas existem ingressos mais baratos para ir apenas até o segundo andar, tanto de escada quanto de elevador.

Descendo da torre, um dos pontos para ótimas fotos dela é o gramado do Campo de Marte (o outro é do alto do Trocadero, que fica do lado oposto). Dali, uma agradável caminhada te leva até os Inválidos (ingresso por 11 euros), um imponente palácio que conta com o Museu das Armas e muitas atrações, sendo a principal delas o túmulo de Napoleão Bonaparte.

Um dos lugares para ver o pôr do sol mais frequentados pelos moradores de Paris é logo abaixo da Ponte Alexandre III, na beira do Rio Sena. Definitivamente, uma excelente ideia para terminar um dia de calor. O local fica cheio nas tardes/noites mais quentes e tem bares com preços não absurdos, e muita gente também leva suas garrafas de vinho e queijos para economizar. Para quem quiser ficar direto por ali e esticar um pouco a noite, boa opção é um barco-balada que fica atracado chamado Rosa Bonheur, com música, festa e muita animação.

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

Torre Eiffel (Trocadero, Bir Hakeim ou École Militaire)
Inválidos (Invalides ou École Militaire)
Pôr do sol na Ponte Alexandre III + Rosa Bonheur (Invalides)

3º DIA:

A atração que escolhemos para este dia sai um pouco do estilo de Paris, mas é justamente para ter essa diversidade que resolvemos ir para a Euro Disney. Para quem prefere outro tipo de programa, opções não faltam nos arredores da capital francesa para um day trip, como por exemplo o Palácio de Versalhes, os Jardins de Monet em Giverny, o Parc Astérix ou até mesmo os castelos do Vale do Loire. Mas vamos à nossa escolha. A Disney fica localizada a 32 km ao leste do centro de Paris e é facilmente alcançada de trem (RER), em uns 40 minutos de viagem até a estação de Marne la Vallée.

O ingresso de entrada para os dois parques (Disneyland e Studios) em um mesmo dia custa 90 euros. Aos que já conhecem a Disney de Orlando, não adianta comparar porque vai se decepcionar. A versão europeia é bem menor do que a americana, mas mesmo assim conta com a mesma magia e ótima estrutura. Para quem gosta, vale conhecer e aproveitar o divertimento. Atrações tradicionais como o Piratas do Caribe, o elevador da Torre do Terror, a Space Mountain e o Castelo da Cinderela, entre outras, estão por lá. No fim do dia, também há um desfile com o Mickey e demais personagens e um show de fogos. Nunca é demais lembrar que, se possível, é bom evitar ir nos finais de semana, quando obviamente as filas são maiores. Como ficamos praticamente o dia inteiro por lá, voltamos para Paris somente à noite.

E por falar em noite, foi dia de balada. E aqui vão duas opções de boates excelentes, com ótima frequência de público, música eletrônica e variedade de bebida, mas lugares caros: Yeels e L’Arc. Espere pagar uns 10 euros por uma long neck de cerveja e 20 euros por um drink. Além disso, é sempre bom ir bem vestido e sabendo do risco de ser barrado na porta, pois às vezes há o conhecido “face control” (principalmente para grupos de homens), tão comum na Europa. Começamos por volta das 23h no Yeels, na Avenue George V, um restaurante que vira balada forte. Depois, lá pra 1h, fomos para o L’Arc, bem ao lado do Arco do Triunfo, uma boate maior e que vai até o amanhecer. 

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

Euro Disney (RER – Marne la Vallée)
Balada Yeels (Alma/Marceau ou George V)
Balada L’Arc (Charles de Gaulle Étoile)

4º DIA:

Talvez o dia mais intenso, com um pouquinho de cada coisa que a cidade oferece de bom. Pela manhã, primeiro uma rápida passada na Pont des Arts (aquela ponte que as pessoas prendiam cadeados, mas todos foram retirados), e iniciamos de fato o dia indo ao Museu do Louvre (ingresso por 15 euros, ou entrada gratuita no primeiro domingo do mês, de outubro a março). Como o acervo é gigantesco e levaria dias para ver tudo com calma, estipulamos ficar só duas horas lá dentro, tempo que foi suficiente para ver as principais obras, como a Monalisa, Vênus de Milo, aposentos de Napoleão, múmias do Egito, Código de Hamurabi, entre outras. Na saída, passamos pela pirâmide invertida e andamos pelo simpático Jardin des Tuileries, onde aproveitamos para almoçar.

Na sequência, um bom trecho de caminhada por diversos pontos interessantes, desde a Praça da Concórdia com a roda gigante, passando ao lado do Grand Palais e do Petit Palais e percorrendo toda a Champs Élysées com suas lojas e restaurantes caríssimos. No final da avenida, terminamos no Arco do Triunfo, outro símbolo de Paris. Como já tínhamos subido bem mais alto na Torre, optamos por não subir no Arco. No fim da tarde, um programa típico parisiense em dias de sol que serviu também para descansar do passeio de turista: piquenique no gramado do Jardim de Luxemburgo, com direito a queijos, pães, vinho, cerveja…

Quando já estava perto de escurecer, fomos até o Trocadero para ter novamente aquela bela vista da Torre Eiffel, em um horário que rende belas fotos com o sol caindo e a torre se iluminando. A partir das 22h, de hora em hora até as 2h ela pisca as luzes, em um momento bem aguardado por muitos turistas. Para finalizar o dia, pegamos um passeio de barco (o chamado bateau-mouche, pela empresa Bateaux Parisiens) pelo Rio Sena. Com duração de uma hora e por 15 euros, ele sai do píer bem em frente à Torre e vai até um pouco depois de Notre Dame, fazendo a volta na Île Saint-Louis, uma ótima para ver vários dos principais pontos da Cidade Luz iluminados à noite. 

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– Pont des Arts (Pont Neuf)
– Museu do Louvre (Louvre-Rivoli ou Palais Royal-Musée du Louvre)
– Jardin des Tuileries + Praça da Concórdia (Tuileries ou Concorde)
– Champs Élysées (Champs Élysées-Clemenceau, Franklin D. Roosevelt ou George V)
– Arco do Triunfo (Charles de Gaulle Étoile)
– Piquenique no Jardim de Luxemburgo (Luxembourg)
– Torre Eiffel à noite + passeio de barco no Rio Sena (Trocadero ou Bir Hakeim)

5º DIA:

Em nosso último dia, fomos ao Sacré-Coeur (ou Basílica do Sagrado Coração), que fica em um ponto mais alto de Paris (mas também acessível de metrô e depois um funicular), o charmoso bairro de Montmartre (clique e veja o post completo). Além da beleza da igreja, o local oferece uma ótima vista panorâmica da cidade, e as apertadas ruazinhas são famosas por abrigarem artistas, pintores e, por exemplo, o café do filme de Amelie Poulin. Por ali, também vale a parada para comer um crepe.

À tarde, passamos na frente para conhecer o Café Bataclan, a casa de shows onde aconteceu o trágico atentado terrorista de novembro de 2015. Para terminar, o tour do dia incluiu a igreja Madeleine, a Ópera Garnier e, para quem gosta de compras, a Galeria Lafayette, pontos que ficam bem próximos. Ainda nesta mesma noite, pegamos o voo de volta.

  • Atrações visitadas (estação de metrô mais próxima)

– Sacré-Coeur + Montmartre (Anvers ou Abbesses)
– Café Bataclan (Oberkampf ou St Ambroise)
– Madeleine (Madeleine)
– Ópera Garnier (Ópera)
– Galeria Lafayette (Chaussée d’Antin-La Fayette ou Havre Caumartin)

OUTROS:

Importante ressaltar que este roteiro foi feito de acordo com nossas preferências, e algumas atrações e passeios podem ser substituídos conforme com o gosto de cada um. O objetivo é conhecer bem a cidade, mas sem ficar naquela correria louca. Alguns lugares importantes ficaram fora desta viagem por falta de tempo, mas conhecemos em outras oportunidades, como o Palácio de Versalhes (clique e veja o post completo), Museu D’Orsay, Conciergerie, Saint Chapelle, Pantheon, Praça da Bastilha, La Défense, o Centro Georges Pompidou, uma noite no Moulin Rouge, estádios de futebol como o Parque dos Príncipes e o Stade de France (Saint Denis), etc.. Em alguns deles, até passamos pela frente, mas acabamos não entrando. Enfim, Paris merece muito mais do que cinco dias, mas como nem sempre é possível, estas são nossas sugestões.

TRANSPORTE:

Com 16 linhas e mais de 300 estações, o metrô de Paris te leva praticamente para todos os pontos de interesse na região central e é o principal meio de transporte para explorar a cidade. Para alguns locais mais afastados, a melhor opção é o trem RER. A dica é ter sempre em mãos um mapa do sistema de transporte público para planejar os passeios e ver em qual estação fazer as baldeações necessárias.

Existem várias opções de tickets, mas uma boa escolha é o cartão “Navigo” semanal, que custa 22,80 euros (mais 5 euros pelo cartão para não-residentes, e precisa de uma foto 3×4), é valido sempre de segunda-feira a domingo, e pode valer a pena mesmo para quem ficar menos de sete dias na cidade. Com ele, você pode usar à vontade o metrô, RER e ônibus em todas as zonas, com poucas exceções (como o trem para o aeroporto de Orly, mas é aceito no trem para o Charles de Gaulle). O ticket unitário de metrô sai por 1,90 euro, ou 1,49 euro se comprar o carnê com dez. Durante a madrugada, para voltar da balada ou algo assim, é possível pegar ônibus noturno em determinados trajetos, mas usamos Uber para uma distância de 3,5 quilômetros e pagamos 7 euros.

HOSPEDAGEM:

Paris é conhecida por não ter tantos hostels bons, principalmente se olhar o custo benefício. Quando fui em 2008, fiquei no Aloha (uns 30 euros em quarto compartilhado), que não tem nada de especial, mas cumpre bem o seu papel, principalmente porque a localização é relativamente boa. Fica perto do metrô Volontaires, a cerca de 20 minutos de caminhada da Torre Eiffel.

– FAÇA AQUI A SUA RESERVA PELO BOOKING.COM OU HOSTELWORLD.COM

Booking.com

COMER E BEBER:

A gastronomia francesa é uma das mais famosas do mundo, e Paris oferece uma infinidade de bistrôs e restaurantes que confirmam essa fama. Para o viajante que quer economizar grana, não é tarefa tão fácil achar lugares para fazer uma boa refeição gastando pouco, principalmente em tempos que o câmbio para o real está tão desfavorável. Quanto mais perto dos pontos turísticos, mais alto são os preços. Na região central, pagamos em média um mínimo de 15 euros para um prato individual, mais cerca de 5 euros para uma cerveja. Mais barato do que isso, apenas os sanduíches, que podem ser uma boa pedida em certos momentos. Claro que, para quem conhece bem a cidade, certamente é possível encontrar restaurantes específicos um pouco mais em conta, fora da rota de turistas. Mas certeza mesmo de uma boa e válida economia é ir a uma padaria, supermercado ou doceria e aproveitar os preços melhores das típicas delícias da França, seja croissant, baguete, queijo brie ou camembert, macarons, vinhos…

IMPERDÍVEL:

– Para evitar as longas filas da Torre Eiffel, a dica é chegar bem cedo para subir até o topo do monumento pago mais visitado do mundo.

– Ver o pôr do sol logo embaixo da Ponte Alexandre III é um programa típico dos parisienses, com bares e festas na beira do Rio Sena.

– Comprar pães, queijos e vinhos no supermercado e fazer piquenique no parque é ótima opção em um dia quente, além de ser uma boa economia.

QUER SABER MAIS SOBRE PARIS ? ACESSE TAMBÉM:

Site oficial da cidade

​- Escolha Viajar

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 87 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

Leia Também

CASTELO DE CHANTILLY: como ir, o que ver, dicas

Artes, casamentos e o famoso creme chantilly: guia completo para a visita

NICE: praias, o que fazer, dicas de viagem da Riviera Francesa

A base para explorar o lado B da glamourosa Costa Azul francesa sem gastar milhões

PALÁCIO DE VERSALHES: como ir, o que ver, dicas

Residência da família real, Jardins e Trianons: guia completo para a visita

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimos Posts

Top 10 – VIDA ANIMAL – natureza, preservação, fauna pelo mundo

Quais são os lugares com animais mais legais que você conhece? O “Bora Viajar Agora” elaborou um ranking de dez lugares pelo mundo

Top 10 – TEMPLOS RELIGIOSOS: os mais sagrados do mundo

Quais são os templos religiosos mais fascinantes do mundo? O “Bora Viajar Agora” elaborou um ranking de dez lugares sagrados

TÂNGER: o que fazer, dicas, como ir da Espanha

No encontro do Atlântico com o Mediterrâneo, a porta de entrada da África do Norte

FEZ: Medina, o que fazer, como ir, dicas

A maior e mais antiga Medina do mundo, e o curtume que foi cenário de novela

CHEFCHAOUEN: o que fazer, como ir, fotos

A Cidade Azul do Marrocos: fotogênica e com tranquilidade nas vielas