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PALÁCIO DE VERSALHES: como ir, o que ver, dicas

Residência da família real, Jardins e Trianons: guia completo para a visita
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Palácio mais famoso da Europa e inspiração para diversas outras construções do tipo, o Palácio de Versalhes foi o centro do poder da monarquia da França e residência da família real, de 1682 a 1789, até o início da Revolução Francesa. Atração imperdível em uma viagem a Paris, este castelo está localizado na cidade de Versalhes, no subúrbio da capital francesa, a apenas 20 km de distância, e pode ser acessado facilmente de trem. Construído a pedido de Luís XIV no local onde era o pavilhão de caça de Luís XIII, o luxuoso e imponente palácio tem como destaque a famosa Galeria dos Espelhos, mas são inúmeros aposentos bem decorados. Lugar favorito de muitos turistas, os enormes Jardins são um espetáculo à parte, com suas fontes e estátuas, tudo com muita simetria. Em um passeio de meio período é possível conhecer os principais pontos, mas a visita completa inclui também os Trianons e o Domínio de Maria Antonieta, o que demanda praticamente um dia inteiro. Especialmente nos meses mais quentes, vale programar para ir sem pressa, comprar o ingresso antes para evitar as filas, almoçar por lá e conhecer bem um lugar marcante da história mundial.

PALÁCIO DE VERSALHES:

​​Por contar com diversos atrativos, ser bem grande, ter diferentes horários de abertura (leia mais abaixo) e opções de ingresso, é importante programar bem a visita ao Château de Versailles (nome em francês), de acordo com o que quiser ver. O ticket que dá acesso a tudo é o chamado “passaporte”, que custa 20 euros e inclui o Palácio, os Trianons, a Galeria de Carruagens e os Jardins, este último exceto nos dias de shows das Fontes Musicais e Jardins Musicais. Nesses dias especiais, que acontecem na época de verão normalmente às terças, sextas, sábados e domingos, é preciso comprar o passaporte de 27 euros para poder entrar nos Jardins (clique aqui e veja todas as datas e detalhes dos shows nos Jardins de Versalhes).

Mais informações, ingressos, preços e horários no site oficial do Palácio de Versalhes.

Como Versalhes é constantemente lotado de turistas, principalmente nos meses mais quentes, a recomendação é comprar o ingresso antes pela internet para evitar as grandes filas. Mesmo com ticket antecipado, a chance é boa de pegar fila para entrar no Palácio. Por isso, nossa dica é conhecer primeiro os Jardins, depois o Trianon e deixar para entrar no Palácio mais no fim da tarde, quando já há menos movimento e poucas excursões. Tem gente que indica o sentido inverso, mas eu só faria isso se conseguisse chegar bem cedo a Versalhes, antes da fila de entrada se formar.

Para quem não quiser fazer longas caminhadas, é possível pegar um trenzinho que vai do Palácio até os Trianons, por 8 euros. Outra opção é alugar um carrinho tipo de golfe, por 32 euros, para fazer este mesmo trajeto mais rapidamente e passear pelos Jardins. Também estão disponíveis para aluguel bicicletas e barcos no lago.

Palácio: Transformado em museu em 1837, o Palácio abre de terça-feira a domingo, das 9h às 18h30 do dia 1º de abril a 31 de outubro, e das 9h às 17h30 de 1º de novembro a 31 de março, ficando fechado sempre às segundas. A luxuosa construção tem atualmente mais de 700 salas e quartos espalhados em 63 mil m2, com muito ouro, decoração detalhista, pinturas, esculturas e uma rica história da época da monarquia francesa. O aposento mais famoso é a Galeria dos Espelhos, cheia de janelas com vista para os Jardins e, obviamente, grandes espelhos e lustres suntuosos, local onde foi assinado o Tratado de Versalhes em 1919, que decretou o fim da Primeira Guerra Mundial. Destaque também para os Grandes Apartamentos do Rei e da Rainha, a Capela Real, a Galeria das Batalhas e outras diversas salas de Luís XIV.

Jardins: Com uma enorme área de 700 hectares, os Jardins de Versalhes abrem todos os dias da semana, das 8h às 20h30 na alta temporada, e das 8h às 18h na baixa. Criados pelo paisagista André Le Nôtre, os jardins chamam a atenção pela simetria dos desenhos e possuem várias belas fontes (que ficam ainda mais bonitas durante o show de águas das Fontes Musicais), além de esculturas. Como o jardim é grande e dividido em várias partes, reserve um bom tempo se você quiser conhecer com calma. Nos fundos ainda há um parque e um lago onde é possível alugar pequenos barcos.

Trianons: Além do Palácio principal, Versalhes conta com outras construções importantes em seu complexo: o Grand Trianon, o Petit Trianon e o Domínio da Maria Antonieta, que ficam no final dos Jardins. Tem muita gente que acaba não indo nesses lugares, mas vale a pena ficar mais tempo lá e conhecer. O Grand Trianon é um palácio de mármore rosa que foi construído a pedido de Luís XIV, em 1687, para que a família real pudesse se refugiar um pouco das formalidades do Palácio de Versalhes. O Petit Trianon, menor, ficou pronto em 1768, feito a mando de Luís XV para a amante Madame de Pompadour, que morreu antes da conclusão da obra, e acabou sendo usado pela sucessora, Madame du Barry. Quando o jovem Luís XVI virou Rei, o local começou a ser utilizado pela esposa dele, Maria Antonieta, que reformulou completamente o prédio, deixando de lado todo o luxo da Corte. O Petit Trianon já faz parte do Domínio de Maria Antonieta, que também conta com os jardins, onde há um lago e o Templo do Amor, e o Hameau da Rainha, uma espécie de fazenda com arquitetura rústica, onde ela gostava de ter uma vida mais isolada.

ONDE COMER:

Como a visita para conhecer todo o complexo pode ser longa, existem boas opções de restaurantes e lanches rápidos dentro do Palácio e nos Jardins de Versalhes. Nós comemos no La Flotille, que fica ao lado do lago no final dos Jardins, já a caminho dos Trianons. Os preços não são dos dez mais baixos do mundo, mas levando em conta que Paris é uma cidade bem cara, não estão tão mais altos do que a média. Um prato principal individual custa 22 euros, e o menu com entrada e prato sai por 29 euros.  Ali na parte externa também há o restaurante La Petite Venise, além de barracas vendendo sanduíches e bebidas. Do lado de dentro do Palácio, há lugares mais finos, como o salão de chá Angelina e o restaurante Ore, do renomado chef Alain Ducasse.

COMO IR:

Para percorrer a distância de cerca de 20 km da região central de Paris até Versalhes, o trem RER C é uma ótima opção. Esta linha passa por diversas estações no centro, entre elas Invalides e Champ de Mars-Tour Eiffel, e em uma viagem de aproximadamente 30 minutos vai até Versailles Rive Gauche, a estação mais próxima do Palácio, a 700 metros de caminhada. O preço do bilhete é de 7 euros para ida e volta. Para quem tem o cartão de transporte Navigo, não é preciso pagar nada a mais para ir até Versalhes de RER.

O mesmo trajeto pode ser feito de trem comum da SNCF, saindo das estações de Montparnasse ou Saint Lazare e descendo em Versailles Chantiers ou Versailles Rive Droite, respectivamente, que ficam um pouco mais longe, a 1,5 km. O ticket para este trem custa em média 3 euros para cada trecho. Também é possível ir de ônibus comum, número 171, que vai de Pont de Sèvres até Versailles Place d’Armes, opção mais barata, mas mais demorada e sujeita a trânsito intenso. Por fim, existem diversas agências que fazem excursões em ônibus de turismo saindo de Paris.

Tem mais dicas sobre o Palácio de Versalhes? Alguma indicação sobre esta atração? Escreva na caixa de comentários e ajude a acrescentar mais informações. Vamos atualizar este post constantemente!

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Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 87 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

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