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DOHA: o que fazer, como ir, restrições no Qatar

Da tradição árabe à modernidade: mais do que uma conexão na sede da Copa do Mundo 2022
Publicado em:
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Quando fui ao Doha: Dezembro de 2019, Fevereiro de 2021, Março de 2022 e Novembro/Dezembro 2022

Quanto tempo: 5 dias, 6 dias, 4 dias e 35 dias

O Qatar pode ter entrado nos planos de viagem de muita gente por ter sido escolhido como a sede da Copa do Mundo de futebol de 2022. Pode também ter entrado na rota turística de muitos outros por ser um importante hub de voos internacionais, com ótima localização geográfica no caminho entre Europa e Ásia. Mas este pequeno e riquíssimo país do Oriente Médio pode ser mais do que apenas uma conexão de voo. A capital Doha, que concentra quase todas as atrações e serve de base para as demais, se desenvolveu demais nas últimas décadas, mas também preserva a tradição árabe. Modernos arranha-céus e grandes construções surgiram onde antes era praticamente um deserto, transformando a cidade em um polo do turismo na região.

Por causa do meu trabalho como jornalista, estive quatro vezes no Qatar, em 2019, 2021, 2022 e novamente em 2022 por mais de um mês durante a Copa, e pude usar o tempo livre para fazer turismo e conhecer melhor o país. Quem tem somente um dia ou horas de conexão, consegue sair do aeroporto e fazer um tour básico pela cidade, passando pelos principais pontos turísticos. Mas a partir de três dias de estadia é um tempo ideal para uma visita com mais calma e melhor aproveitada, incluindo passeios ao deserto e praia, além de mesquitas monumentos, museus e o imperdível mercado Souq Waqif. Evite ir entre os meses de junho e setembro, quando faz um calor absurdo e as temperaturas ficam entre 40°C e 50°C.

Por causa dos bilhões de dólares provenientes da exploração do petróleo e gás natural, Doha cresceu rapidamente e tem ótima estrutura. É um destino bastante seguro, bem cuidado e caro. Muita coisa foi construída de uma hora para outra. Para isso, o Qatar contou com o trabalho dos estrangeiros, que representam 85% da população de quase 3 milhões de pessoas, a maioria de países como Índia, Nepal, Filipinas e Bangladesh, que formam a classe operária de baixa renda. Apenas 15% dos habitantes são qataris, a elite cheia da grana. Um contraste social significativo. A massiva presença de imigrantes faz com que o inglês seja o idioma mais falado, apesar do árabe ser a língua oficial.

Este pequeno emirado árabe localizado no Golfo Pérsico, controlado pela família Al Thani, tem algumas restrições por causa da religião islâmica e diferenças culturais em relação ao mundo ocidental. Em uma viagem em que o encontro de culturas e ideias pode ser sempre um aprendizado, que a Copa de 2022 deixe um legado positivo e ajude na evolução. E o mais importante, que haja respeito de todos os lados. É como os árabes dizem no cumprimento: “Saalam Aleikum” (lê-se “salamaleico”), ou seja, “Que a paz esteja sobre vós”.

TRANSPORTE:

Saindo do Brasil, existem voos diretos de São Paulo para Doha pela Qatar Airways e pela Latam, em uma longa viagem de quase 14 horas. Uma alternativa que costuma ser mais barata, mas também mais demorada, é voar com conexão em algum país da Europa, o que pode ser feito com diversas companhias aéreas. Saindo de Paris, são duas horas de viagem até Doha, e em 2019 eu paguei 530 euros nos voos diretos de ida e volta pela Qatar Airways. Em 2021, comprei apenas a volta por 160 euros, pela MEA (Middle East Airlines), com conexão em Beirute, no Líbano. Em 2022, neste mesmo trajeto Paris-Doha, os bilhetes de ida e volta saíram por 470 euros, pela Turkish Airlines, com conexão em Istambul, na Turquia. No período da Copa do Mundo, os voos estavam mais caros. O avião também é o principal meio de transporte para ir do Qatar a outros países do Oriente Médio, como Emirados Árabes ou Omã, já que a única fronteira terrestre é com a Árabia Saudita e pode haver restrições para cruzá-la.

Para circular na capital do Qatar, há três novas e modernas linhas do metrô de Doha que conectam até os principais pontos de interesse, incluindo o aeroporto internacional Hamad. É a maneira mais barata e prática para se deslocar. Também existem ônibus locais que funcionam bem para outros locais da cidade e arredores. Táxi e aplicativos como Uber ou Careem (tipo um Uber local) têm bons preços e são bastante úteis para distâncias maiores e à noite, apesar do trânsito em determinados horários e lugares. Para quem tem apenas poucas horas no Qatar em uma conexão de voo e quer conhecer um pouco do país, uma boa ideia pode ser contratar o serviço de um guia turístico (há inclusive alguns brasileiros por lá) para fazer um passeio de carro até as principais atrações.

HOSPEDAGEM:

A melhor região para ficar hospedado em Doha é perto do Souq Waqif, o tradicional mercado árabe que fica no centro velho da cidade. A maioria das atrações turísticas fica nesta área e muita coisa pode ser feita a pé. Para outros lugares mais distantes, é só pegar o metrô. O bairro de West Bay, que está a cerca de 5 km do Souq, também é de fácil acesso de metrô e pode ser uma opção, principalmente para quem pretende curtir a vida noturna. É lá onde ficam os grandes e modernos prédios, entre eles hotéis com bares onde bebida alcoólica é permitida.

Fiquei em vários hotéis diferentes em minhas viagens ao Qatar. Em 2019, me hospedei no La Villa Hotel, por 35 dólares a diária de um quarto. Lugar bem simples mesmo, de qualidade duvidosa, mas aceitável, foi um dos mais baratos que encontrei bem localizado perto do Souq Waqif. Em 2021, o país estava fechado para turismo por causa da pandemia do coronavírus. Eu tive autorização para entrar no país como jornalista, mas precisei fazer uma quarentena de sete dias em um hotel credenciado pelo Governo qatari, e não pude sair do quarto para absolutamente nada nesse período. Fiquei no excelente e confortável Crowne Plaza Doha – The Business Park, a 2 km de distância do Souq Waqif. Paguei 120 dólares pela diária, que incluiu todas as refeições deixadas em uma sacola na porta do quarto para manter o isolamento. Depois que fiz o PCR com resultado negativo e pude finalmente sair na rua, mudei para um lugar mais barato, o La Castle Hotel, por 45 dólares a diária de um ótimo quarto espaçoso, localizado a apenas 1 km do Souq Waqif.

Por fim, no primeiro semestre de 2022, fiquei hospedado na região de West Bay, no Ezdan Hotel Doha, por 65 dólares a diária de um quarto pequeno, mas confortável e com ótima vista para os arranha-céus da cidade. Importante citar que oficialmente não existem hostels com quarto compartilhado no Qatar, enquanto aluguel pelo Airbnb foi liberado recentemente. Além disso, durante a Copa do Mundo de 2022 os preços de hospedagem no país estavam absurdamente mais altos do que o normal.

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O QUE FAZER:

Se você tiver que escolher apenas um lugar para visitar em Doha, escolha o Souq Waqif, um tradicional mercado árabe com um labirinto de vielas com pequenas lojas que vendem de tudo, de souvenirs, a especiarias, perfumes, jóias, roupas, tecidos, artesanatos… Tem até uma parte que vende animais, principalmente pássaros, mas também coelhos, cachorros, gatos, tartarugas. Também há restaurantes, cafés e bares para fumar shisha (narguilé), mas não vende bebida alcoólica nesta região (leia mais abaixo). O Souq é o coração da cidade, um lugar bem movimentado com moradores locais e turistas, principalmente a partir do fim da tarde até a noite, quando o sol cai. As lojas ficam abertas das 8h às 12h e depois das 15h30 às 22h, fechando no meio do dia quando o calor está mais forte e o local fica vazio. Antigamente, era um mercado onde os beduínos comercializavam mercadorias e animais. O Souq Waqif chegou a ser parcialmente destruído por um incêndio, mas foi completamente reformado entre 2006 e 2008 e manteve a arquitetura típica do Qatar. Diferentemente de alguns souks de outros países árabes, este de Doha é bem limpo, sem “caos” e não tem o assédio de vendedores insistentes querendo te vender a qualquer custo. É mais artificial, é verdade, mas bem interessante. Até o tradicional ato de pechinchar na compra é mais difícil de dar certo por lá, mas ainda assim vale a pena tentar porque às vezes eles baixam o preço.

Bem ao lado dali está o Falcon Souq, ou mercado dos falcões, com lojas onde essas aves de rapina estão expostas e são vendidas por milhares de dólares. Por poucos rials (a moeda qatari), os turistas que quiserem podem tirar fotos com eles no braço. A falcoaria é uma tradição milenar no Qatar, que no passado era uma atividade necessária de caça, e hoje é um esporte praticado pela elite milionária. O negócio é tão profissional que existe ali até um hospital de falcões. Nesta mesma área, a poucos passos, também estão o Forte Alkoot em uma grande praça, e a Mesquita do Souq Waqif, além de um local cercado onde ficam vários camelos e cavalos.

Ainda nesta região central da cidade, caminhando pela Corniche, um agradável grande calçadão à beira-mar, chega-se a diversas outras atrações. Andar por ali já proporciona uma bela vista do skyline de Doha, formado pelos modernos arranha-céus do bairro de West Bay, que ficam iluminados à noite. Olhando para o mar, vários barcos de madeira chamados “dhow” fazem parte da paisagem, e é possível fazer passeios de barco. Antigamente, essas pequenas embarcações eram usadas para a extração de pérolas, que foi a base da economia do país. Já o Museu de Arte Islâmica (MIA) tem bonito design e é um dos cartões-postais. Para quem não quiser pagar o ingresso para entrar, vale ir pelo menos até a área externa, gratuita, onde tem um espelho d’água e grandes janelas em forma de arco que rendem boas fotos com o mar e skyline ao fundo. Outro atrativo da região é o novo e estiloso prédio do Museu Nacional do Qatar, inaugurado em 2019. Ainda por perto estão o Centro de Cultural Islâmico Bin Zaid (Fanar), a Mesquita Al Shouyoukh e o imponente edifício Amiri Diwan, local de trabalho do emir, que antes foi um forte militar e um palácio. Também há parques próximos, bastante frequentados por famílias, para piqueniques, por exemplo, como o MIA Park, ao lado do museu, e o Al Bidda Park, o maior deles. Outra sugestão de visita a pé é o bairro vizinho de Msheireb Downtown, com arquitetura contemporânea e ligado por uma linha de tram (bonde).

Saindo um pouco do centro de Doha, é preciso pegar o metrô ou outro meio de transporte para visitar os demais pontos turísticos. Dos lugares que fui, curti bem o Katara Cultural Village, um complexo inaugurado em 2010 cheio de atrativos. Entre os destaques desta vila cultural estão a bela Mesquita Katara, com mosaico de azulejos azuis, e o anfiteatro ao ar livre, no estilo grego. O Katara também conta com pequenos museus, galerias de arte, restaurantes e lojas, incluindo a famosa francesa Galeries Lafayette. O local fica bem em frente à praia, a Katara Beach, onde há atividades aquáticas. Visitei ainda a grandiosa Mesquita Imam Muhammad ibn Abd al-Wahhab, também conhecida como Qatar State Mosque. Com capacidade para até 30 mil pessoas, sendo 11 mil dentro do salão principal, é a maior mesquita e principal templo islâmico do país. Para quem não é muçulmano, a entrada é permitida somente fora dos horários das cinco orações diárias e normalmente precisa ser agendada. Porém, fui por conta própria e consegui entrar depois de conversar com um funcionário. Para entrar na mesquita, assim como em outros estabelecimentos oficiais, é preciso vestir roupas adequadas (nada de shorts e saias curtas, decotes ou ombros descobertos). Outro símbolo de Doha é o The Pearl, ou A Pérola, uma grande ilha artificial ligada ao continente por uma ponte. Este bairro nobre, onde os endinheirados moram e frequentam, é dividido em vários distritos. Entre eles, o Porto Arabia, com enormes e luxuosos prédios residenciais construídos ao redor de uma marina, e o Qanat Quartier, inspirado na arquitetura da cidade italiana de Veneza, com canais e pequenas pontes. Nesta área também há bons restaurantes, bares, lojas de marcas famosas e praias. Uma dica para quem quer observar e tirar a clássica foto do The Pearl visto do alto: quando for embora de Doha, sente na janela do lado esquerdo do avião, que durante a decolagem é possível ter uma excelente vista panorâmica da cidade.

Ainda vale citar aqui alguns outros pontos de interesse: West Bay, bairro onde ficam os grandes arranha-céus, hotéis, shopping; a Biblioteca Nacional do Qatar e a Cidade da Educação, um polo de cultura, educação e ciência; Aspire Zone, complexo esportivo com o estádio Khalifa International, ginásios, locais de treinamento, centro aquático e a Torre Aspire; e vários shoppings centers, como o Villaggio Mall, que tem um canal indoor com passeios de gôndola no estilo Veneza e céu pintado no teto. Lusail, uma nova cidade construída para a Copa de 2022, ainda tem muitos lugares ociosos, mas conta com atrativos como o Lusail Boulevard, as Lusail Towers, a Al Maha Island e o elegante shopping Place Vendôme, com seu show de luzes e água na fonte.

Além disso, existe a possibilidade de fazer passeios para outras cidades e regiões do país, contratando agências, guias turísticos ou alugando carro. O mais popular deles, sem dúvida, é o passeio no deserto (desert safari), similar ao que existe em outros países do mundo árabe, com a possibilidade de andar de camelo ou de quadriciclo 4×4 nas dunas de areia de Sealine. Fiz este passeio durante a Copa em uma manhã (há opção de tarde com pôr do sol e até de dormir a noite em tendas), com um motorista que indicaram. Apesar de não ser tão legal como na imensidão do Saara no Marrocos, por exemplo, tem a peculiaridade e a beleza do encontro do deserto com o mar. Ainda pudemos aproveitar um tempo na praia de Mesaieed logo ao lado. Ponto positivo também para as descidas e subidas de jipe “com emoção” nas dunas, e negativo para o local “fake” dos camelos bem junto da estrada e da cidade. Também existem lugares históricos, a bela ilha Banana Island e mais praias com as águas calmas e cristalinas do Golfo Pérsico.

ONDE COMER:

O Qatar em geral é um país caro, mas existem opções para comer sem gastar muito dinheiro, principalmente fora dos lugares mais turísticos e dos bairros onde a elite vive. Mesmo no Souq Waqif há restaurantes mais baratos. O local de melhor custo-benefício que eu comi nesta área central do mercado foi o Shujaa Restaurant, lugar simples, mas bem tradicional e com comida ótima. Paguei 24 rials (ou 6,50 dólares) por um grelhado misto com seis espetinhos (carne, kafta e frango), acompanhado de pão e salada. Pra completar, hummus por 7 rials (2 dólares). Perto dali, almocei uma vez no Bandar Aden, restaurante típico do Iêmen, pratos com média de preço entre 20 e 30 rials (5 a 8 dólares), com arroz, frango, carne ou vegetarianos. Ainda no Souq, mas aí já com preços mais altos, está o restaurante Damasca One, com comida síria. Paguei 100 rials (27 dólares) em um prato com carne de cordeiro e arroz, e 27 rials (7 dólares) no hummus, de ótima qualidade. Outro bem conhecido por lá, considerado um dos melhores de Doha, é o Parisa, um restaurante persa com decoração espetacular toda colorida e cheia de brilho. Por garantia, é melhor fazer reserva antes. Os pratos principais custam em média entre 70 e 100 rials (19 e 27 dólares). Em três pessoas, dividimos um “Parisa Platter for three”, um grande mix de carnes grelhadas com arroz e salada, por 330 rials (90 dólares), ou seja, 30 dólares por pessoa. Também fui no Al Khariss Caffe, que serve aperitivos de especialidade libanesa e, assim como vários outros em Doha, tem muita gente fumando shisha (narguilé) nas mesas externas, uma cena característica nos países árabes. Durante a Copa também experimentei e gostei bastante do Al Adhamiya, um restaurante iraquiano com bom custo-benefício (média de 50 rials, ou 14 dólares, um prato individual) também no Souq, e ao lado o Layali Al Qahira, que tem um ótimo sanduíche de carne de camelo.

Existem vários outros restaurantes espalhados pela cidade, em regiões como West Bay, Katara, The Pearl, nos shoppings e centro comerciais, com culinária de diversos países, como italiana, francesa, turca, chinesa, indiana, americana, kebab, fast food, etc… Um combo com hambúrguer do McDonald’s ou Burger King sai por uns 25 rials (7 dólares).

BARES E BEBIDAS ALCOÓLICAS:

Existem restrições, mas é permitido beber no Qatar, sim. O esquema é parecido com o que acontece em Dubai, mas com menos opções de lugares e vida noturna menos agitada. Pelas regras da religião islâmica, é proibido beber álcool em locais públicos. A venda e o consumo de bebida alcóolica só são permitidos em bares e boates com licença para isso, que ficam dentro de grandes hotéis internacionais, geralmente de quatro ou cinco estrelas. Esses lugares funcionam com horário limitado, no máximo até as 2h da manhã (algumas boates, festas e eventos especiais podem ir até mais tarde). Além disso, espere desembolsar uma boa grana. Um copo de 500ml de cerveja custa pelo menos 10 dólares. Bebidas destiladas, como whisky, vodka e gin, também são caras. Não há venda de álcool nos supermercados ou lojas. Só os moradores estrangeiros do Qatar têm permissão para comprar bebidas alcoólicas em um depósito específico, e a quantidade mensal varia de acordo com uma porcentagem do salário de cada um.

A maioria desses bares em hotéis, onde é possível beber álcool em Doha, fica na região de West Bay e também em The Pearl e redondezas. No Souq Waqif e centro antigo da cidade, por exemplo, não há bebidas alcoólicas nos bares e restaurantes. Entre os lugares que fui, o Belgian Café é um dos mais frequentados por lá, costuma ficar cheio à noite. É grande, tem área interna e externa, cardápio variado para comer e beber, às vezes com música ao vivo. Ele fica localizado no luxuoso hotel Intercontinental Doha Beach & Spa. No mesmo hotel também está o badalado Manko Doha, um restaurante/bar que vira balada em algumas noites, com DJ, preços ainda mais altos e uma certa frescura para entrar (roupa mais arrumada, nada de grupos somente com homens e reserva aconselhável). A cerveja mais barata (ou menos cara) que encontrei foi no The Red Lion Doha, um tradicional pub inglês com banda de rock à noite, que fica no hotel Al Mansour Suites. Outras boas opções são o bar Trader Vic’s e o Tahitian Village, ambos no Hilton, o pub The Irish Harp, no Sheraton, e o beach club Monkey Tale, na praia do Grand Hyatt, o SeñorRitas Tex Mex, em Lusail, além de outros bares e restaurantes em mais hotéis como o Intercontinental Doha The City, W Hotel e Ritz-Carlton. Para beber à tarde, existem alguns beach clubs inaugurados na época na Copa, como o B12 Beach Club Doha, com boa estrutura na praia em West Bay.

Para a Copa do Mundo, em um acordo feito entre a Fifa e o Governo do Qatar, foram feitos alguns locais temporários para o consumo de cerveja e outras bebidas, mas com restrições de horários. Foi permitido beber na FanFest com telões para assistir aos jogos, eventos especiais, com shows, festivais de música e festas (o que acontece às vezes mesmo fora da Copa), mas de última hora foi proibido álcool nos estádios de futebol (liberado apenas nos setores VIPs).

COPA DO MUNDO DE 2022:

O Qatar é o primeiro país árabe e de religião islâmica a sediar uma Copa do Mundo. Escolhido em 2010 pela Fifa como sede, o Qatar passou por muitas obras para receber o torneio de futebol entre 20 de novembro e 18 de dezembro de 2022. São oito modernos estádios, sendo que apenas um deles já existia. Os outros sete são novíssimos, foram construídos para a Copa, tem sistema de ar condicionado e serão parcialmente desmontados depois, para evitar que virem “elefantes brancos”. Um deles, o estádio 974, foi feito de contêineres e é totalmente desmontável. As arquibancadas costumam ficar vazias nos campeonatos locais, já que o país não tem tradição no futebol, e os qataris preferem esportes historicamente mais tradicionais, como a falcoaria e corrida de camelo. Como o Qatar tem pequena dimensão territorial, todos os estádios da Copa ficam próximos, a maioria em Doha e arredores. Com isso, foi possível comparecer a mais de um jogo dos quatro realizados no mesmo dia, uma novidade em relação a edições anteriores. O estádio mais longe é o Al Bayt, na cidade de Al Khor, que fica a 50 km de distância do centro da capital. Ele tem design de tenda árabe e recebeu a abertura do Mundial.

Palco da final da Copa do Mundo, o moderno estádio Lusail, com capacidade para 80 mil torcedores, é uma das principais obras. Ao redor do estádio, foi construída do zero uma nova cidade inteira de 35 km2, planejada para 250 mil habitantes, também com o nome de Lusail. Esta região fica a 20 km de distância da capital Doha, e agora conta com novíssimas zonas residenciais, comerciais, de entretenimento, hotéis, marina, praia e sistema de transporte.

Mas na preparação para o Mundial, nem tudo é positivo. O país do Oriente Médio também sofreu críticas internacionais e de entidades de defesa dos direitos humanos, por causa das condições precárias e mortes de trabalhadores nas construções dos estádios. Por outro lado, houve alguma evolução, como melhora nas leis trabalhistas. Outro ponto negativo para a Copa foi a falta de opções de hospedagem com preços mais acessíveis, mesmo com a criação de quartos em navios de cruzeiros e em tendas no deserto. Quem viaja ao Qatar também costuma ter muitas dúvidas e questões sobre as regras rígidas por causa do islamismo. Há restrição de bebidas alcoólicas, roupas adequadas, proibição de demonstração de afeto entre casais em público, homossexualidade considerada como crime, por exemplo. Mas apesar de tudo isso, a Copa foi uma festa do futebol entre diferentes culturas, que terminou com frustração para a seleção brasileira (o hexa foi adiado mais uma vez) e comemoração da Argentina, tricampeã mundial com show de Messi e companhia!

IMPERDÍVEL:

– O Souq Waqif, tradicional mercado árabe que vende de tudo, é o lugar turístico mais interessante de Doha, o coração da cidade.

– Existem restrições e os preços são altos, mas bebidas alcoólicas são permitidas no Qatar, em bares e boates de hotéis internacionais.

– Apesar das críticas, que a Copa do Mundo de 2022 possa deixar um legado positivo de evolução no país, sempre com respeito de todos os lados.

QUER SABER MAIS SOBRE O QATAR ? ACESSE TAMBÉM:

Site de turismo do Qatar

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 89 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

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