Quando fui a Moscou: Maio de 2011, Dezembro de 2017, Março e Junho/Julho de 2018
Quanto tempo: 3 dias e 4 dias, e 9 dias na Copa 2018
Poucas cidades no mundo são capazes de te surpreender positivamente quando você cria uma grande expectativa sobre ela antes de visitá-la. Moscou é uma dessas e entrou na minha lista de favoritas. Símbolo do comunismo, a capital da Rússia cada vez mais se abre ao mundo e se aproxima da realidade capitalista. Mesmo assim, glasnost (abertura) e perestroika (reestruturação) à parte, ainda conserva muita história, características e a essência da antiga União Soviética. A Praça Vermelha, o Kremlin e a Saint Basil’s Cathedral são um espetáculo à parte.
Da primeira vez que fui, fiquei três dias por lá em maio de 2011, época em que eu queria conhecer um destino diferente dos tradicionais que já tinha visitado, outra cultura e acabei colocando essa ideia em prática. Moscou é bem grande, com mais de 10 milhões de habitantes, é a sétima maior cidade do mundo e tem a maior área metropolitana da Europa. Mesmo assim, três ou quatro dias é um tempo ideal para conhecer as principais atrações. Claro que se a estadia for mais longa é possível aproveitar ainda melhor, mas se houver mais tempo na Rússia a recomendação é conhecer também São Petersburgo, o que acabei fazendo apenas em 2018.
E foi justamente em 2018 que eu posso dizer que conheci muito bem Moscou e também visitei diversas outras partes da Rússia. Em viagem a trabalho como jornalista freelancer durante a Copa do Mundo de futebol, mas também com tempo para fazer turismo, fiquei 35 dias no país, sendo nove na capital e o restante em outras oito cidades.
Também estive em Moscou a trabalho duas vezes pouco antes da Copa, em dezembro de 2017 e março de 2018. A grande diferença entre algumas dessas viagens foi o clima. Peguei sol e calor de uns 28 graus em julho, e neve e frio congelante de -5 graus em dezembro. No verão, dá pra aproveitar melhor o dia, mas o inverno tem suas vantagens e um visual bem bonito com a cidade toda branca.
Mas o que pode parecer fácil para um viajante frequente não é tão simples assim na Rússia. De todos os países que eu já conheci até hoje, esse foi um dos que eu tive mais dificuldade na comunicação. A maioria da população local não fala inglês, em geral, apenas os mais jovens têm o domínio da língua. Isso também acontece em várias outras nações, eu sei, mas onde se fala espanhol, italiano ou francês, por exemplo, o entendimento é muito mais fácil.
Além disso, o povo local é muito fechado, muitas vezes até sisudo, o que sempre dificulta. Para piorar, em raríssimos lugares, apenas nos extremamente turísticos, há informações, placas e sinalizações em inglês. De resto, tudo é escrito naqueles desenhinhos bizarros que eles chamam de letras, também conhecido como alfabeto cirílico. Para quem não tem o conhecimento do idioma, é simplesmente ilegível. Para ir se acostumando: Moscou = Москва.
Mas aqui vai uma mudança importante. Esse parágrafo anterior tinha sido escrito apenas com base na minha visita de 2011. Agora vai a atualização do texto, após a viagem na Copa de 2018. Em sua maioria, os russos foram extremamente receptivos e simpáticos com os estrangeiros durante o evento esportivo, conseguiram mudar a imagem anterior e deixar o turista mais à vontade. A comunicação visual em inglês também melhorou um pouco.
Todas essa complicações anteriores ficam em segundo plano, no entanto, diante de tanta história para ser apreciada no berço da ex-URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), um dos pilares da Guerra Fria. Moscou é de fato surpreendente!
TRANSPORTE:
Em 2011, paguei 238 libras esterlinas nos voos diretos de ida e volta da BMI de Londres para Moscou, valor mais alto em relação à média dos voos dentro da Europa. No entanto, vale lembrar que as companhias aéreas low-cost ainda não voavam para lá naquela época, e este trajeto é um dos mais longos dentro do continente, quatro horas de viagem. Em 2017, comprando com apenas uma semana de antecedência, paguei 208 euros nos voos da Swiss, saindo de Paris com conexão em Zurique, na Suíça, na ida e na volta. Em 2018, foram 115 euros no voo só de ida, de Paris para Moscou com conexão em Riga, na Letônia, pela Air Baltic. Atualmente, várias companhias aéreas voam para a capital russa saindo de diversas cidades europeias. Para ir a outras cidades do país, como São Petersburgo, por exemplo, uma boa opção é usar trem. Preços e horários podem ser consultados no site da RZD, a companhia ferroviária da Rússia. Apesar das longas distâncias, há vagões com cama de primeira, segunda e terceira classe.
Rodar a Rússia de trem pode ser uma alternativa barata, mas exige viagens longas e cansativas, por causa da grande extensão territorial do país. Em 2018, fiz vários trajetos desta forma, o maior deles de 22 horas, entre Moscou e Rostov. No entanto, a maioria dos vagões tem cama, então é possível dormir e até economizar noites de hospedagem nas cidades com os trens noturnos. Há uma grande diferença de nível entre as classes. O vagão de terceira classe tem várias camas beliches espalhadas, sem nenhuma divisão entre elas e pouco espaço (geralmente só russos viajam na terceirona e quase ninguém fala inglês ou outra língua, nem os funcionários). Na segunda classe, são quatro pessoas em duas beliches por cabine, que tem porta e uma certa privacidade se vocês estiver com pessoas conhecidas. Melhor ainda (e consequentemente mais cara) é a primeira classe, com cabines mais espaçosas para apenas duas pessoas. Os trens quase sempre possuem vagão restaurante, mas muita gente também leva sua própria comida. Enfim, dependendo de como for, viajar de trem pela Rússia pode ser uma aventura, mas num esquema mochileiro e sem frescuras, também significa uma boa economia de grana.
Para os voos, Moscou conta com três grandes aeroportos ao redor da cidade, e todos eles são ligados ao centro pelo trem Aeroexpress, cada um chegando em estações diferentes. Desembarcando no aeroporto Domodedovo, pega-se o trem até a estação Paveletskaya), do Sheremetyevo se vai até Belorusskaya, e do Vnukovo até a Kievskaya. O valor do ticket de trem para qualquer um desses trajetos é de 500 rublos (6,50 euros), os percursos demoram entre 35 e 45 minutos, é prático e bastante indicado. Depois disso, chegando ao centro, é só ir de metrô até a estação mais perto do local onde ficar hospedado.
Metrô: Para circular em Moscou, o metrô é eficiente, extenso e serve praticamente a cidade inteira. Para usar o transporte público, o jeito mais barato e prático é comprar o cartão Troika, recarregável com o número de viagens desejado. Muitas vezes porém, apesar do trânsito constante, pode ser uma boa usar o Uber, que tem preços baixos. O Yandex é outro aplicativo local bastante usado por lá e confiável. Não é aconselhável pegar táxi, já que a reputação dos taxistas russos é ruim, e eu já ouvi vários casos de pessoas que foram extorquidas e tiveram que pagar caro para taxistas pilantras.
Falando novamente em dificuldade na comunicação, o simples fato de pegar um metrô e trocar de linha se torna uma aventura no início. Pedir uma informação nas ruas não é das dez tarefas mais fáceis do mundo. Quase tudo está escrito em russo, mas as sinalizações melhoraram bastante com a Copa do Mundo de 2018, agora com placas e avisos sonoros em inglês nas principais linhas. Além disso, a maioria das placas não tem a cor da linha junto, então para fazer uma baldeação a dica é saber o número da linha e olhar as marcações no chão. Chegando na plataforma, reze ou tente a sorte para pegar o metrô para a direção certa. Mas isso também não é motivo para pânico exagerado. A partir do segundo dia você vai se acostumando com a bagunça, fazendo as relações e os símbolos do cirílico ficam um pouco mais “parecidos” com o nosso alfabeto romano.
Dica: tenha sempre em mãos um mapa do metrô que tenha o nome das estações nas duas línguas: russo e inglês. Atenção: estações por onde passam mais de uma linha geralmente têm mais de um nome. Por exemplo, a mesma estação chama-se um nome X para a linha verde e outro nome Y para a linha vermelha.
Muita complicação? Bom, vamos ao lado bom do metrô moscovita. Além de ele cobrir praticamente toda a cidade, sendo um meio de transporte bem eficiente, a beleza da arquitetura subterrânea compensa tudo. Estações como Komsomolskaya (hein?!?), Novoslobodskaya, Arbatskaya, Kievskaya, entre outras, valem a visita, ornamentadas com lustres, pinturas e esculturas soviéticas.
HOSPEDAGEM:
Na primeira viagem a Moscou, fiquei hospedado no Godzillas Hostel, por 12 euros a diária em quarto compartilhado. Acomodação boa, organizada e sem nenhum atrativo especial, mas justa pelo preço, perto da estação Tsvetnoy Bulvar, a uns 2 km de distância da Praça Vermelha. Depois, fiquei no Comrade Hostel, por 10 euros a diária em quarto compartilhado. Lugar simples, mas honesto, na média, e muito bem localizado perto da estação de metrô Kitay-Gorod, área movimentada à noite e a uma curta caminhada da Praça Vermelha e outros atrativos. Durante a Copa, porém, os preços de hospedagem estavam bem inflacionados, e paguei 34 euros para uma noite em quarto duplo privado, com banheiro compartilhado, no Siberia Mini Hostel, lugar péssimo e mal organizado.
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PRAÇA VERMELHA:
As principais atrações turísticas estão concentradas ao redor da histórica e bela Praça Vermelha, uma das mais bonitas do mundo, palco de revoluções no coração da cidade. Lá estão a Saint Basil’s Cathedral (ou Catedral de São Basílio, aquela famosa igreja toda colorida), o Museu Histórico do Estado (uma imponente construção vermelha), o enorme centro comercial GUM (um shopping center com boas opções de lojas e restaurantes), a Kazan Cathedral, o Mausoléu de Lênin e, claro, o Kremlin. Além de passear na praça durante o dia, também vale visitá-la à noite, quando ela está iluminada e fica ainda mais bonita. A St. Basil’s Cathedral, uma igreja ortodoxa russa de estilo único, foi construída entre 1555 e 1561 a mando do czar Ivan, o Terrível, para comemorar a conquista de Kazan. Ela é mais interessante e fotogênica por fora do que por dentro, mas se tiver tempo, não custa entrar (o ingresso dobrou de preço entre 2011 e 2018 e passou a custar 700 rublos, igual a 9 euros).
O Mausoléu de Lênin é uma visita obrigatória, com entrada gratuita, tem uma fila muitas vezes longa, mas compensadora. Ele fica aberto apenas das 10h às 13h, cinco dias da semana, menos às segundas e sextas-feiras. Ver o corpo de Lênin embalsamado e em perfeito estado de conservação foi uma das experiências mais marcantes na minha vida de viajante. O corpo do ex-líder do partido comunista russo e ex-chefe de Estado soviético, que morreu em 1924, “simplesmente” está exposto há décadas bem no centro de Moscou para o público em geral ver. A mera observação de Lênin faz você se sentir parte da história. Para entrar, o esquema de segurança é grande: não é permitido tirar foto (antes era preciso deixar a câmera em um guarda-volumes, hoje pode levar no bolso) e nada de fazer barulho ou de ficar parado lá dentro (é preciso caminhar em fila e no ritmo estipulado, sempre vigiado de perto por soldados russos). Na parte externa do mausoléu, no muro do Kremlin, também estão os túmulos de Stalin e Yuri Gargarin (com os escritos apenas em russo, a identificação fica difícil, vale perguntar no local).
O Kremlin é outro ponto turístico que não se deve perder. A sede do governo da Rússia (por onde passaram Lênin, Stalin, Mikhail Gorbachev, Boris Yeltsin, Vladimir Putin), rodeada por imensos muros e torres de proteção, pode ser visitada e possui diversas construções e monumentos em seu interior. Existem algumas opções de tipos de ingressos para o local. O ticket mais comum é o de 500 rublos (6,50 euros), que dá acesso à maioria dos lugares do complexo, incluindo a Cathedral Square, a praça onde ficam as chamativas igrejas com cúpulas douradas: Assumption Cathedral, Annunciation Cathedral, Archangel Cathedral e Ivan the Great Bell Tower. Os prédios do Palácio do Kremlin e o Senado russo podem ser vistos apenas por fora. Já para conhecer a Armoury Chamber, um museu das armas que retrata a trajetória de antigos czares, paga-se mais 700 rublos (9 euros).
O QUE MAIS FAZER:
Mas os pontos de interesse de Moscou não param por aí. Vale citar o famoso Teatro Bolshoi, conhecido no mundo inteiro como uma das melhores companhias de balé e ópera (com ingressos concorridos e não muito baratos), além da Cathedral of Christ the Saviour (Catedral do Cristo Salvador), a maior da cidade, também com cúpula dourada, com entrada gratuita. Por sinal, igreja é o que não falta na cidade, e mesmo as menores e menos conhecidas são bem ornamentadas com muitos detalhes em ouro. Também são inúmeros museus espalhados por Moscou, com destaque para o Museu Pushkin e a Tretyakov Gallery. Fui ao Museu da Vitória (Victory Museum, ou Museum of the Great Patriotic War), que fica no Parque Pobedy e celebra as vitórias russas na Segunda Guerra Mundial. O ingresso custa 400 rublos (5 euros) e o local é bem estruturado, conta com um espaço fechado e uma grande área ao ar livre onde estão expostos aviões de guerra, helicópteros, tanques, navios, mísseis…
Uma atração diferente e curiosa é o Bunker 42 Cold War Museum, uma antiga base militar secreta da União Soviética localizada a 65 metros de profundidade, que foi transformada em museu sobre a Guerra Fria. Para visitá-lo, é necessário entrar em um tour guiado de 1 hora e 15 minutos, que ocorre em horários determinados (vale consultar o site oficial e até reservar antes, já que são poucos tours em inglês). Paguei 2.200 rublos (29 euros), não é barato, mas recomendo. Fica localizado pero da estação Taganskaya. Durante a visita, após descer muitas escadas, você tem a experiência de ver boa parte do esconderijo construído para proteger membros do Governo russo em caso de uma bomba nuclear, incluindo a sala reservada para Stalin.
O Parque Gorky talvez seja o principal parque da capital russa, bem central, costuma ficar cheio no verão, mas também é bastante frequentado no inverno, quando é montada nele uma das maiores pistas de patinação no gelo do mundo. A uma curta caminhada dali às margens do Rio Moscou fica o Muzeon, um museu de arte a céu aberto com monumentos e esculturas do período soviético do socialismo, com entrada gratuita. Mais à frente fica a gigante estátua de “Pedro, o Grande” e sua caravela.
Outra área verde que vale visitar é o Parque Zaryadye, inaugurado apenas em 2017, menor, mas interessante, com algumas pequenas igrejas e bem ao lado da Praça Vermelha. Agradáveis também são o passeio de barco pelo rio Moscou e pela rua comercial Arbat. Para quem gosta de futebol, o estádio Luzhniki também deve fazer parte do roteiro. Impossível de não observar é pelo menos uma das chamadas Sete Irmãs de Stalin, sete enormes e imponentes prédios iguais, espalhados por diferentes bairros e construídos a partir de 1947, no aniversário de 800 anos de Moscou, quando Stalin queria mudar o “skyline” da cidade.
Para finalizar, para quem pretende fazer compras de lembranças e artigos típicos da Rússia e ex-URSS, como a tradicional boneca matrioska, o lugar certo é o Izmaylovo Market. Esse enorme mercado aberto tem preços bem melhores do que as lojas de souvenirs na região central. Vale pechinchar sempre na negociação por lá. Ele funciona diariamente, mas apenas nos finais de semana todas as barracas ficam abertas.
Muita história, cidade vibrante e agradável, clima variado, acesso mais fácil para nós (desde 2010 brasileiros não precisam mais de visto para entrar no país), e a Copa do Mundo de 2018 ainda ajudou a melhorar a comunicação e a simpatia dos russos… Precisa de mais motivos para visitar Moscou?
ONDE COMER:
Existem diversos restaurantes (ou ресторан, para ir se acostumando com o alfabeto cirílico) para quem quiser experimentar a culinária russa, alguns de alto nível e preços elevados, como o Café Pushkin e o White Rabbit, dos mais famosos de Moscou. Mas aqui vão duas indicações testadas, aprovadas e o melhor, baratas. O Varenichnaya No 1 conta com várias unidades na cidade, uma delas na rua Arbat, e serve comidas típicas do país, como strogonoff, pelmeni, vareniki e a sopa borsch. Já o Kachapuri é um restaurante com pratos da Geórgia, cozinha que os russos apreciam bastante. Tem uma unidade perto da Kievskaya. A sugestão a ser pedida lá é justamente o kachapuri, uma espécie de esfiha maior, com recheio de queijo e outros ingredientes a escolha, como bacon e ovo, por exemplo.
BARES E FESTAS:
Como não poderia faltar, falou em Rússia, falou em vodka. E opções de bares, baladas e vida noturna para “degustar” a tradicional bebida local não faltam. Vale sempre perguntar no hostel aonde está bombando no momento, já que esse tipo de coisa muda muito com o tempo e a cidade é grande. Assim como em outros lugares da Europa, muitas baladas de Moscou adotam o “face control” na porta. Ou seja, quanto mais cedo chegar, mais garantida é a chance de entrar, já que mais tarde aumenta o risco de o segurança barrar usando algumas das desculpas usuais: não pode entrar de tênis, precisa estar de camisa social, só pode entrar se estiver acompanhado de uma mulher, já está lotado, etc…
O Propaganda é um dos principais e mais antigos clubs de lá, provavelmente um tiro certo se você busca diversão e música eletrônica. Fica próximo à estação Kitay-Gorod. Ali perto fica o Bar 1929, uma das boas opções da área. Outro lugar movimentado para sair à noite é a região de Krasny Oktyabr (Outubro Vermelho), na ponta de uma espécie de ilha no meio do Rio Moscou. Lá, existem alguns bares e boates que enchem nos finais de semana, como a Gipsy, uma balada com grande espaço que tem mesas, sofás e palco para DJ. Nesta mesma área está o Strelka Bar, às margens do rio, com espaço aberto em cima e outro fechado embaixo. Ótima escolha para um esquenta no início da noite.
IMPERDÍVEL:
– A espetacular Praça Vermelha é uma das mais bonitas do mundo e conta com o impressionante Mausoléu de Lênin, um dos pontos altos da visita à cidade.
– Andar de metrô e conhecer a bela arquitetura das estações de Moscou. Tenha em mãos um mapa nos dois idiomas (inglês e russo), o que facilita bastante.
– Conhecer a vibrante noite russa e tomar “algumas” doses de vodka. Seja em bares ou baladas mais agitadas, são muitas opções por lá.
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